A polícia pediu na tarde desta quarta-feira (23) a prisão preventiva do homem que confessou ter matado a ex-mulher. O crime foi no sábado (19) no Centro da capital e foi gravado por uma câmera de segurança. O assassino se apresentou nesta terça-feira (22) na delegacia, mas foi liberado porque não tinha ordem judicial de prisão contra ele.
A família da vítima, que é da cidade de Sousa na Paraíba, não se conforma. A imagem do assassino deixando a delegacia em liberdade revoltou a mãe de Liliane de Assis Lopes, de 23 anos. “Ele não pode matar. O que ele fez com a minha filha e sai da delegacia como se nada aconteceu”, disse Joana Darc Lopes.
Ariel Charles Rodrigues de França se apresentou na terça na delegacia e, segundo a polícia, confessou ter matado a ex-mulher no sábado por ciúmes e porque não queria pagar pensão alimentícia para a filha do casal. Ele também revelou onde estava a arma usada no crime.
Ariel já respondeu a processo por receptação e está em liberdade provisória acusado de outro homicídio.
O delegado explica que Ariel foi liberado na terça porque já tinha passado o período da prisão em flagrante. “Uma vez que ele compareceu espontaneamente, confessou a autoria, deu os detalhes, acabou por entregar a arma do crime, a fase de colheita de provas do inquérito foi toda providenciada, então não tem o requisito da prisão temporária”, disse o delegado titular do 1º distrito policial, na Liberdade, José Sampaio.
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A polícia agora investiga alguns detalhes que ainda não foram esclarecidos. O delegado quer saber por exemplo quem era o motorista que levou Ariel até o local do crime e qual o envolvimento dele no assassinato.
Câmeras de segurança gravaram o momento em que Ariel chegou em uma caminhonete na Avenida Senador Queiroz, no Centro, e foi na direção da ex-mulher. Liliane ainda tentou se esconder, mas foi baleada seis vezes e morreu no hospital.
Para o promotor Roberto Tardelli, o fato do assassino não ter sido preso não significa que o crime ficará impune. “O que a gente precisa deixar claro para população é que isso não significa uma impunidade, porque no curso do inquérito policial, podem aguardar soltas o resultado e ser presa no final”, afirmou.
Diário do Sertão com G1