Deputado se reúne com secretários de educação sobre Novo Ensino Médio
A Comissão de Reformulação do Ensino Médio se reuniu, nesta quinta-feira (4), com secretários de educação de vários estados brasileiros para finalizar as discussões sobre um ensino médio mais completo e articulado. O encontro ocorreu na Câmara Federal, em Brasília. “Foi uma reunião muito proveitosa onde podemos ouvir as sugestões dos secretários estaduais e fazer uma adaptação. Essa foi uma das últimas reuniões da Comissão”, falou o deputado federal Wilson Filho (PTB), que está na relatoria do projeto.
O texto do Projeto de Lei (PL) 6840/2013 prevê mudanças na forma como está estruturado o ensino brasileiro, alterando a Lei 9.394, de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. O PL propõe alterações principalmente em relação ao aumento da carga horária e dos conteúdos trabalhados em sua forma de apresentação aos alunos.
O deputado acredita que é preciso atrair os estudantes a continuar na escola até o final do ensino médio, motivando também os professores a não mais utilizarem o sistema de “decorebas”, onde o aluno decora a matéria com o único objetivo de passar no vestibular. O parlamentar afirma que o novo modelo vai beneficiar os estudantes, devido uma mudança na grade curricular e com a implantação do ensino técnico.
“O modelo atual é incoerente com a realidade brasileira, ultrapassado e visa preparar o estudante apenas para fazer o vestibular. Infelizmente, os estudantes quando estão cursando o ensino médio são preparados para passar no vestibular, não há um estímulo profissional. Por isso que a cada ano aumenta o índice de abandono escolar e reprovação”, comentou, acrescentando que a reformulação do Ensino Médio trará um futuro melhor para todos os estudantes brasileiros e vai beneficiar professores com cursos de especialização.
Reformulação
Uma das principais mudanças propostas pelo texto é que a jornada do ensino médio passe de 2.400 horas, número praticado atualmente, para 4.200, distribuídas em sete horas diárias. Para esta medida, o deputado acredita que é necessário que as escolas sejam preparadas para estar com o aluno por esse período.
O projeto ainda enfatiza a necessidade de se transversalizar o ensino, relacionando disciplinas que conversam entre si, para que as aulas se tornem mais dinâmicas e práticas. Alguns temas, coma prevenção ao uso de drogas e álcool, educação ambiental e sexual, educação para o trânsito e temas legislativos como noções da Constituição Federal e do Código de Defesa do Consumidor, estão citados no projeto para serem tratados dentro da grade curricular prevista. A criação de novas disciplinas continua precisando da autorização do Ministério da Educação e do Conselho Nacional da Educação.
Redação com Assessoria