Em carta divulgada hoje (29), intitulada “Queremos verdade e paz!”, 16 governadores — entre eles João Doria (PSDB-SP), Rui Costa (PT-BA) e Flavio Dino (PCdoB-MA) — criticam a crescente difusão de fake news e cobram ações dos três Poderes. Eles afirmam que há uma “onda de agressões” que visam a “criar instabilidade institucional nos Estados e no País”.
“Conclamamos o Presidente da República, os Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, bem como o Presidente do Supremo Tribunal Federal, para que adotem todas as providências de modo a coibir tais atos ilegais e imorais”, diz o texto.
Segundo a carta, “os estados e todos os agentes públicos precisam de paz para prosseguir com o seu trabalho, salvando vidas e empregos. Estimular motins policiais, divulgar Fake News, agredir Governadores e adversários políticos, são procedimentos repugnantes, que não podem prosperar em um país livre e democrático”. No trecho acima, a carta faz referência à morte do PM Wesley Soares.
No trecho acima, a carta faz referência à morte do PM Wesley Soares. O policial militar mobilizou uma equipe do Bope (Batalhão de Operações Especiais) ontem (28) à tarde ao caminhar em torno do Farol da Barra, em Salvador, e atirar para o alto e contra veículos da corporação. Ele foi foi baleado por policiais após ter um “surto psicótico”, de acordo com comunicado.
A morte do soldado teve repercussão entre políticos, sendo que a manifestação da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) no Twitter gerou repúdio de opositores. A presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) escreveu uma mensagem na qual dizia que Wesley Soares Góes “foi abatido” porque “disse não às ordens de Rui Costa (governador da Bahia)”, sugerindo que o soldado havia se recusado a fiscalizar quem descumprisse as medidas de restrição impostas na cidade. A investigação ainda está em curso e não foi esclarecida a motivação de Wesley para o ato. Mais tarde, Bia Kicis apagou o tuíte e justificou, dizendo que aguardará investigação para se pronunciar novamente. Porém, outros.
Os governadores que assinaram a carta foram: Rui Costa (PT) da Bahia; Flávio Dino (PCdoB) do Maranhão; Helder Barbalho (MDB) do Pará; Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco; João Doria (PSDB) de São Paulo; Ronaldo Caiado (Democratas) de Goiás; Mauro Mendes (Democratas) do Mato Grosso; Eduardo Leite (PSDB) do Rio Grande do Sul; Camilo Santana (PT) do Ceará; João Azevedo (Cidadania) da Paraíba; Renato Casagrande (PSB) do Espírito Santo; Wellington Dias (PT) do Piauí; Fátima Bezerra (PT) do Rio Grande do Norte; Belivaldo Chagas (PSD) do Sergipe; Reinaldo Azambuja (PSDB) do Mato Grosso do Sul e Waldez Goés (PDT) do Amapá.
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