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A estratégia dos opositores só fortalece Veneziano Por que?

Após ser inocentado pelo TRE-PB da acusação de ter depositado cheque da Saúde em sua conta de campanha, o prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo, virou o assunto da semana. Foi líder de citações no orkut, twitter e no facebook em Campina Grande e em João Pessoa, alvo de comentários nos programas de rádio, colunas políticas nos jornais, sites e blogs.

Da mesma forma como foi absolvido pelo TRE-PB – majoritariamente – a maioria dos comentários também concorda com o que se sentiu no ‘day after’ do julgamento: Veneziano saiu extremamente mais fortalecido para 2014.

Ironicamente, este fortalecimento contínuo vem justamente de fatos que, na mídia, soam negativo para o prefeito campinense. Mas parece que quanto mais a oposição tenta desqualificar a imagem de Veneziano, mais ele se fortalece. Se não, vejamos:

Em 2004 vi uma campanha forte em cima de Veneziano, que foi tachado de ‘pedófilo’ em guias eleitorais e nas ruas – mandaram gravar CDs com músicas pejorativas e espalharam pela cidade. A música tocava nas ‘boates de otário’, que são aqueles carros com som nas malas; nos paredões, nos carrinhos que vendiam CD (imagine em troca de quê os vendedores deixavam de tocar as músicas que queriam vender para tocar a música pejorativa do cabeludo…).

O que se viu foi uma vitória de Veneziano em cima de Rômulo Gouveia, seu adversário, quebrando uma hegemonia de 22 anos de dominação de um grupo político em Campina Grande. No final, quem saiu bem na fita foi Veneziano, que estadualizou a sua imagem como ‘o homem que ganhou dos Cunha Lima em Campina’.

Em 2008, foi mais pesado. Eu vi o então presidente da Assembléia Legislativa da Paraíba, ex-deputado estadual Arthur Cunha Lima – hoje Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado – TCE-PB – convocar a imprensa para uma coletiva informando que tinha uma bomba para anunciar. Até rádio FM transmitiu ‘ao vivo’ a empreitada.

Ainda hoje, revendo as fotos daquele dia na Câmara, vejo os semblantes dos que estavam presentes. Cara de choro mesmo. Arthur, de posse de um talonário de notas fiscais, balançava-o no ar e dizia que eram notas frias, a prova de que havia uma quadrilha, uma bandidagem na Prefeitura de Campina Grande e tudo o mais.

Em 2008, Veneziano foi acusado de tudo: de formação de quadrilha a financiamento público de campanha. Na primeira instância, em Campina Grande, foi inocentado de todas as acusações – com exceção da AIJE do cheque. Esta que, agora, o TER-PB, majoritariamente, lhe inocentou.

Em 2008, Veneziano venceu mais uma vez e saiu fortalecido. Bem mais que em 2004. Agora, com nova vitória na Justiça, ganhando a eleição também no tapetão, o cabeludo sai mais fortalecido ainda. E quanto mais os adversários criticam, armam, tentam, mais Veneziano cresce no apelo popular. E em toda a Paraíba, claro.

O problema é que a mídia negativa feita em cima de Veneziano foi estadual, porque a tentativa é a de tirar-lhe, em 2014, a possibilidade de ser opção ao Governo do Estado. Então, a estratégia dos adversários tem que ser esta mesmo, tentar desqualificá-lo estadualmente. Mas, no final, como Veneziano sai vencedor, o Estado todo vê que as denúncias não passaram de armação. E, com isso, fica do lado dele. É a coisa mais natural do mundo. E quem sai ganhando é o cabeludo…

Portanto, pelo que vejo hoje, só não digo que tudo o que ocorreu foi bom para Veneziano pelo sofrimento a que ele, a família e os amigos foram submetidos. Mas que o tiro dado pela oposição saiu pela culatra, isso foi. E, além de sair pela culatra, ainda atingiu o pé dos que pensavam diferente.


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