Faça um exercício: entre no YouTube e procure por vídeos com o título “eu desisti de ser professor”. Você vai se surpreender com a quantidade de relatos de professores que deixaram o ensino em escolas públicas da educação básica.
Os motivos são os mesmos: baixos salários, desordem moral e intelectual dos alunos, desrespeito e até violência física, falta de ambiente para reflexão, problemas de estrutura e falta de incentivo para aperfeiçoamento contínuo, etc.
O professor nunca foi valorizado no Brasil como deveria. São anos de descaso. Se não bastasse, as novas gerações – filhos e filhas dos smartphones – são, particularmente, terríveis de se ensinar. Faltam virtudes básicas para uma boa educação, como respeitar o professor e ter humildade diante do saber.
O modelo falhou! Não existe apenas um culpado para esse estado de coisas: Estado, secretarias de educação, pais, alunos e professores não vocacionados que atrapalham o desempenho de colegas contribuem para o déficit educacional.
Ademais, existem ideologias educacionais que minam a autoridade do professor, que relativizam a importância da passagem de conteúdo, que descredibilizam a crença em verdades objetivas. E ainda tem professor que resolve dar “consciência revolucionária” para alunos se tornarem militantes.
O professor se torna a ponta da lança para superar problemas estruturais e ainda “educar” os alunos. Nesse ritmo, a educação brasileira diploma alunos mal formados e com baixa capacidade produtiva. Esse é o cenário ideal para manter o ciclo da pobreza e estagnação econômica do país.
Os terríveis resultados nas avaliações educacionais são um aviso: se nada for feito, continuaremos a ter os mesmos resultados deprimentes. O Brasil precisa tentar novos modelos: uso de voucher, apoio a escolas confessionais privadas, privatização da gestão de escolas, etc. Brasília precisa parar de colonizar a educação!