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Acertei: Gil Campos vira imortal em São Paulo

Cantei a pedra no início do mês. Logo no título da matéria, publicada aqui no dia 10 de setembro, já dizíamos: “O páreo é duro, mas o candidato, idem”. Pois o jornalista paraibano Gil Campos de Farias recebeu na manhã desta quinta-feira (30) a notícia que tanto esperava: ele se tornou ‘imortal’ da Academia Guarulhense de Letras.

Agora, quando falo em ‘grandões’, refiro-me, apenas, ao aspecto físico, pois intelectual e profissionalmente ele é maior que muitos. E provou isso, com a conquista da ‘imortalidade’.

O demorado e criterioso processo para a escolha do novo ‘imortal’ foi iniciado com 32 nomes. A análise curricular dos pretendentes durou aproximadamente dois meses e resultou na escolha, pelos critérios da Academia, dos nomes de Gil e de mais dois outros pretendentes – um deles professor da USP e ambos tem mais livros escritos que o nosso Gil.

Natural de Campina Grande, Gil Campos reside em São Paulo há mais de dez anos, tendo destacada atuação na imprensa paulista. O currículo de Gil Campos superou o de nomes considerados consagrados da chamada ‘grande imprensa’, a exemplo do renomado jornalista Hermano Henning. Para a escolha, sem sombra de dúvidas, valeu o grande talento do nosso Gil.

A eleição ocorreu na última terça-feira, dia 28, quando os imortais se reuniram para apreciar as candidaturas. “Ainda não sei quem é o patrono nem que cadeira vou ocupar, mas fiquei muito feliz com a notícia que recebi. Até a próxima semana deverei receber um comunicado oficial com todos os detalhes”, disse-me Gil, no início da tarde desta quinta.

Gil Campos – Conheço Gil há pelo menos 18 ou 19 anos. Fomos companheiros no curso de Comunicação Social na Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e, desde esta época, já o admirava, pela coragem com que tratava os assuntos policiais – Gil era repórter policial dos bons. Ou de qualquer outro assunto ao qual dedicava a sua escrita, pois sempre dava enfoques diferenciados aos temas que retratava.

Senti quando ele teve que deixar a terrinha para brindar os paulistas com seus excelentes textos e análises. Naquele instante, perdia a convivência física não apenas do companheiro de imprensa que muito me ensinava, mas de um amigo, confidente e irmão.

Em raros – porém extremamente felizes – momentos em que estivemos juntos, seja em São Paulo ou em Campina Grande, recordamos os bons tempos das saídas da faculdade para os bate-papos noturnos no Bar do Brito, sempre acompanhados do excelente ‘queijo assado ao molho rosê’.

Acompanhei um pouco de sua angústia em ter que deixar para trás amigos e familiares para procurar uma vida mais tranquila no Sudeste, motivado pelos sentimentos menores de quem não se agradava de suas incursões pelo jornalismo investigativo.

Senti também, na manhã desta terça, a mesma felicidade que invadiu o nosso Gil Campos. Pude perceber, no jeito de falar, que Gil estava exaltantemente emocionado e gratificado com a notícia. Claro, pois além de imortalizar a sua genialidade com as palavras, nos seus inúmeros textos e trabalhos jornalísticos, agora se imortaliza, também, como membro de tão importante academia.

Gil é o que podemos considerar um exemplo de dedicação à profissão, dono de um texto incomum, rico, profundo, emocionante, cativante, exemplar.

Parabéns, nobre Gil. Você merece.


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