Adversários de Hugo Motta à presidência da Câmara avaliam apoio de Arthur Lira ao paraibano e fazem desafio

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A pouco mais de três meses da eleição para a nova Mesa Diretora da Câmara, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), formalizou o apoio ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para sucedê-lo no cargo. A iniciativa de Lira fez com que partidos reunissem suas bancadas para avaliar que posicionamento tomarão. Neste âmbito, os adversários de Hugo, ao cargo, Elmar Nascimento e Antonio Brito (PSD-BA), deram entrevista ao Jornal Correio Braziliense avaliando este cenário de apoio de Lira ao paraibano.

Ambos, Elmar Nascimento e Antonio Brito (PSD-BA), também estiveram na Câmara, para participar de uma reunião de bancada com o PT. Elmar propôs ao PT a formação de um bloco com ele, o PSD e os partidos que compõe o bloco e desafiou os adversários para um debate aberto, “com temas que são importantes”. “O país merece nos conhecer para fundamento do ponto de vista do que a gente pensa e quais são as propostas para o futuro”, destacou. “Fazer um debate entre mim, o Brito e o Hugo para o Brasil nos conhecer, o que pensa cada um sobre os rumos do país. Estamos falando do segundo cargo mais importante da República, e não dá para ser na base da nota escrita, do previsível.”

Antes de ir ao gabinete do PT, Elmar teve uma reunião com a bancada do União Brasil. Em suas redes sociais, ele se manifestou sobre o anúncio de Lira, dizendo que o apoio do alagoano a Motta “é legítimo”, mas que “a condução da Câmara dos Deputados não deve buscar uma unanimidade artificial”. E cutucou Lira: “A palavra empenhada deve ser pilar dessa liderança. Confiança e respeito aos compromissos são essenciais para a integridade do processo legislativo. Quem não cumpre a sua palavra, pode mandar, mas não lidera”.

Já Brito se definiu como “o candidato do consenso”. Ele alegou não ter chegado a nenhum acordo com o PT, mas se mostrou confiante e afirmou que tem a seu favor a bancada do União Brasil e de outros partidos. “Tenho buscado ser o consenso na Casa. Eu dialogo com a esquerda, com a direita e com o centro. O consenso não é buscar o consenso dos desiguais. É buscar pautas comuns a todos que a gente possa defender na Casa e colocar em votação com previsibilidade. E é isso que eu vou fazer”, declarou após o encontro com petistas.

Redação

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