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Advogado do PSB dá razão ao vereador e diz que convenção é soberana

O advogado do PSB estadual, Ricardo Sérvulo, ‘sem querer’ reforçou os argumentos do vereador Bira, que luta para oficializar sua candidatura, após ter legenda negada pela sigla. Durante entrevista na rádio Miramar FM, na manhã desta sexta-feira (06), o advogado foi categórico ao afirmar que não há instância mais soberana que a convenção do partido para decidir tudo que permeia o processo eleitoral. Detalhe: esqueceu que a convenção, onde foi decidida que a candidata a prefeita seria Estelizabel Bezerra, também oficializou a chapa de vereadores, onde estava registrado o nome de Bira.

 

A declaração de Ricardo Sérvulo surge como peça chave no processo jurídico iniciado pelo parlamentar, já que não se trata apenas do advogado do partido, mas de um militante socialista, com alto conhecimento do estatuto do partido. Seu conhecimento chega a um nível de tanta expressão,que foi escolhido como coordenador da campanha de Ricardo Coutinho.

 

Ainda durante a entrevista, e logo após ter confirmado que nenhuma outra situação poderia por a baixo a decisão ‘soberana’ da convenção, o advogado foi questionado sobre se a situação abonaria, então, a candidatura do vereador Bira. Percebendo que pode ter dado o “ouro ao bandido”, Ricardo desconversou.

“Bem, não estou a par do processo em torno do vereador, já que não sou advogado do diretório municipal”, afirmou.

 

Entenda o caso – Ainda durante reunião do PSB da Capital, no clube Cabo Branco, o vereador Bira recebeu a amarga notícia que seu partido o havia negado legenda, o que deixou nula sua candidatura à reeleição. A decisão tomou tamanha proporção, que chegou a ser notícia no portal Terra, que estranhou a atitude contra um postulante que aparece em 3º nas pesquisas.

 

Sem maiores justificativas, ficou quase evidente que a posição teria sido punitiva, já que o vereador lutava para emplacar a candidatura do prefeito Luciano Agra, que disputou a vaga no partido com Estelizabel Bezerra. Quem deixou mais claro que a situação estava vinculada a outra foi o próprio governador Ricardo Coutinho(PSB) que afirmou que, sendo ele presidente do partido, teria agido da mesma forma. “Eu não colocaria no time um jogador para fazer gol contra”, disse o gestor socialista.

 

Diante da situação, Bira resolveu buscar sua vaga pelas vias judiciais. Em sua defesa, o vereador afirma ter cumprido todas as exigências estatutárias, inclusive a de contar com 5% dos filiados abonado sua postulação. “Eu tive 32%”, afirma o vereador.

 

Na última terça, o vereador conseguiu a primeira vitória em sua batalha nos tribunais: a Justiça determinou que o PSB disponibilize ‘imediatamente’ a ata da reunião onde foi decidido que o vereador não teria legenda. Com o documento nas mãos, os advogados de Bira prometem entrar com uma ação para reverter o quadro.
 

 

Assessoria

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