Agora afastada do comando do PT de João Pessoa nesta quarta-feira (14) após a intervenção do PT nacional no diretório, a hoje ex-presidente da sigla, Giucélia Figueiredo, endureceu o tom contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e responsabilizou o socialista pela intervenção da executiva nacional no comando do diretório municipal da Capital. Segundo ela, a direção nacional dá uma fatura a um cacique político chamado Ricardo Coutinho, que interfere de forma ostensiva e truculenta na democracia do partido.
“Pedimos que a população se revolte e se indigne com essa truculência que tem por trás do agente político Ricardo Coutinho que tem um discurso de esquerda, mas é um cacique, se comporta como um coronel. A militância não vai se curvar a esse método coronelesco”, disse.
Giucélia ressaltou ainda que, antes mesmo da intervenção, Ricardo já tinha agido e conseguido para campanha dele os valores do fundo eleitoral que seriam destinados ao PT.
“Do ponto de vista do fundo eleitoral eles já tiraram nossos recursos lá atrás e nós demonstramos que não precisamos de dinheiro para manter a candidatura do PT nas ruas, manter a militância nessa candidatura. Já foi retirado lá atrás e foi direcionada para candidatura de Ricardo, numa violência ao nosso partido. Não vão conseguir destruir o PT, o partido é maior que essa maioria que votou pela intervenção, vamos continuar na ca,panha de Anísio”, emendou.
Sobre os efeitos práticos da decisão, Giucélia ressaltou que não cabe a direção do partido qualquer interferência no rito jurídico.
“Nós temos acumulado vitórias no âmbito da justiça eleitoral, portanto, do ponto de vista prático isso é apenas uma demonstração de força da direção nacional que de forma truculenta, violenta, aprova desnecessariamente uma intervenção no nosso diretório legitimamente eleito”, disse.
E continuou: “O hilário é que essa intervenção tem prazo de validade que é até o final das eleições, ou seja, é um processo de retaliação a nossa candidatura majoritária”.
PB Agora