Um alerta amarelo precisa ser acendido no Palácio da Redenção e no Paço Municipal de João Pessoa. As posturas diferentes dos secretários de Saúde do Estado e da Capital, Geraldo Medeiros e Fábio Rocha, respectivamente, podem causar uma crise desnecessária entre o governador João Azevêdo (Cidadania) e o prefeito Cícero Lucena (Progressistas) – parceiros fortes na política e na administração.
Nessa quarta-feira (30), um “ruído de comunicação” e estratégias diferentes das pastas quase causou o adiamento da vacinação em João Pessoa para pessoas com mais de 40 anos sem comorbidade – o que causaria um vexame público para a gestão de Cícero, que anunciou a vacinação com muita publicidade e empolgação ao longo do dia.
A Secretaria de Estado de Saúde queria esperar a chegada das cerca de 20 mil vacinas da Pfizer nesta quinta-feira (1) para, junto com as 58 mil doses da Astrazeneca que recebeu ontem, distribuir tudo de uma vez para 221 municípios nesta sexta-feira (2) – o que atrasaria o cronograma da Prefeitura.
Por alguma razão, a checagem e separação das doses foi agilizada e os imunizantes foram distribuídos na manhã de hoje, o que salvou o cronograma da PMJP. Informações de bastidores dão conta de que a intenção do governador é que a vacinação ocorra o mais rápido possível, nada de cautela excessiva.
Algum articulador político tem que intervir e fazer com que os secretários trabalhem em sintonia. Caso contrário, quem vai perder é a população e uma aliança consolidada que muito interessa João Azevêdo pode ruir.
Feliphe Rojas
PB Agora