O presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), desembargador Joás de Brito, afirmou durante entrevista, essa semana, que a adoção do voto impresso pode gerar mais suspeita do que a votação por meio de urna eletrônica. A proposta que tramita no Senado prevê a impressão dos votos para uma urna para que possa ser auditado em caso de contestação.
“Se um houver um travamento, o que é muito comum com impressora, nesse caso haveria a quebra do sigilo porque o técnico teria que abrir para verificar. Isso traria mais facilidade para se comprar mais votos, que é uma prática comum no Brasil, infelizmente”, observou.
Para Joás, para se gerar uma confusão deliberada para beneficiar um ou outro candidato, bastaria um fiscal retirar uma cédula e o número aferido pela urna eletrônica seria diferente da contagem na urna com as impressões.
“O outro fator é humano. E se tiver uma pessoa ali que queira beneficiar candidato A ou B, basta ele retirar uma das cédulas que não vai bater com o voto eletrônico. Isso vai criar uma confusão muito grande e a suspeição vai aumentar muito mais”, afirmou.
Da Redação