Ao analisar as mais recentes pesquisas, que sinalizam crescimento do percentual de intenções de voto na candidatura de Pedro Cunha Lima a governador, aliados do deputado federal pelo PSDB avaliam como acertada, do ponto de vista estratégico, a sua postura de declarar “neutralidade” no segundo turno em relação à disputa presidencial. Segundo a deputada estadual reeleita Camila Toscano (PSDB) e o terceiro candidato a deputado federal mais votado da Paraíba, Cabo Gilberto Silva (PL), Pedro acertou ao pontuar que seu foco é a Paraíba.
Para Camila Toscano, o “descolamento de Pedro das candidaturas do presidente Jair Bolsonaro (PL) ou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possibilitou-lhe conquistar eleitores bolsonaristas e lulistas, enquanto o governador João Azevêdo (PSB), seu adversário, oficialmente apoiado por Lula, estaria limitado no campo da atração de eleitores teoricamente flutuantes”, disse.
Ao avaliar esse cenário Cabo Gilberto, revelou que o objetivo do seu apoio a Pedro é “libertar a Paraíba”. O parlamentar, líder da oposição, é crítico ferrenho de João Azevêdo, candidato à reeleição do PSB. Ele foi eleito deputado federal com quase 127 mil votos. “Eu não poderia ficar neutro porque sou líder da oposição. E eu tenho que ter firmeza na postura. E é libertar a Paraíba e continuar o presidente Bolsonaro governando o país […] Nós entendemos a estratégia de cada ator político, nós entendemos a estratégia dele (Pedro), mas independentemente disso eu sou o líder da oposição e tenho que apoiar o candidato Pedro para libertar a Paraíba”, cravou. Com esse movimento, deve levar parte do “bolsonarismo raiz” para Pedro. O Cabo, assim como fizeram o deputado estadual Wallber Virgulino e ex-candidato a senador, Pastor Sérgio, acaba avalizando esse movimento de escolha de um candidato, mais próximo ideologicamente, numa etapa na qual há apenas duas opções.
Da Redação