ALPB discute Reforma Tributária em audiência pública na manhã desta sexta-feira

PUBLICIDADE

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta sexta-feira (15), audiência pública com intuito de discutir a proposta de Reforma Tributária (PEC 45/2019) aprovada na Câmara Federal e, atualmente, debatida no Senado. A audiência proposta pelo deputado André Gadelha aconteceu no plenário da Casa de Epitácio Pessoa e contou com a presença do presidente da ALPB, Adriano Galdino, dos deputados George Morais e Nilson Lacerda e do senador Efraim Filho, coordenador do grupo de trabalho da Reforma Tributária na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

No dia 7 de julho deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45/19, que simplifica impostos sobre o consumo, prevê a criação de fundos para o desenvolvimento regional e para bancar créditos do ICMS até 2032, além de  unificar a legislação dos novos tributos. O texto foi aprovada em dois turnos e seguiu para o Senado Federal.

O presidente da ALPB, Adriano Galdino, destacou que a região Nordeste, historicamente, deixou de receber recursos federais, em relação as regiões Sul e Sudeste. Para Adriano, o texto da reforma tributária precisa tratar de forma igualitária e democrática todas as unidades federativas do país. “Sempre esta nação investiu no Sul e no Sudeste. As melhores empresas estão no Sul e no Sudeste, os melhores hospitais públicos, as melhores estradas. Com esta reforma, precisamos rever isso agora que o texto encontra-se no Senado. Precisamos reagir a esta situação” defendeu Adriano.

Presente na audiência pública, o coordenador do grupo de trabalho da reforma tributária na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, senador Efraim Filho, afirmou que o documento pode e deve ser alterado, para que possa atender, efetivamente, o brasileiro. “A Câmara teve o primeiro trabalho que foi formular o texto. Agora, ao Senado, cabe se debruçar em dados, números, porque o impacto na vida real das pessoas, das empesas, dos empreendedores é muito grande. Nós queremos uma mudança de modelo, que seja mais simples, menos burocrático, que ajude a reduzir o Custo Brasil, mas que essa mudança não signifique um aumento de carga tributária. O brasileiro paga muito imposto. Essa é a nossa principal preocupação. O atual modelo já está esgotado, é arcaico, ultrapassado, só atrapalha a vida de quem quer produzir e nos coloca como um dos piores ambientes para se fazer negócio”, resume Efraim Filho.

Para o deputado estadual André Gadelha, é necessário que a reforma seja realizada também com o intuito de fortalecer os municípios. Segundo ele, com o texto apresentado atualmente, quem se fortalece ainda mais é a União. “O texto que passou pela Câmara Federal tem alguns itens a ser corrigidos. Primeiro, o fortalecimento dos municípios. O que a gente vê, a grosso modo, é uma simplificação, uma unificação de alíquotas e nada mais. O que está sendo discutido no Senado vem a ser aprovado na Câmara e acaba prejudicando mais uma vez os Estados do Nordeste. Nós temos que aproveitar esse momento e elaborar um documento com fortalecimento para os municípios, mais distribuição dos recursos para os municípios e mais competitividade para os Estados”, ressaltou o parlamentar.

Para o deputado George Morais, a audiência pública é uma oportunidade para debater e sugerir mudanças no texto da Reforma Tributária, levando em consideração, principalmente, a visão do contribuinte (a população).  “Além da necessidade de simplificar o Sistema Tributário, facilitando a vida do empreendedor, que gera emprego e renda, é extremamente importante pautar o texto na perspectiva de quem paga o imposto e não de quem arrecada. Com essa mudança de lógica, tenho certeza de que ela tem tudo para prosperar, porque é necessária”, reforça o parlamentar.

O secretário-executivo da Fazenda, Bruno Frade, avaliou o texto da reforma como positivo, mas ressaltou que alguns itens ainda precisam ser alterados, com o intuito de fortalecer os estados. “É uma reforma tributária que vem não pra desonerar, mas ela vem no mínimo pra desburocratizar o processo, tornar ele mais transparente, para que o cidadão possa efetivamente saber quanto tá recolhendo aos cofres públicos em cada operação comercial. O texto é bom, é importante e avança. Mas, a gente tem alguns pontos que ainda ferem a autonomia dos estados, que a gente tem tentado discutir com os senadores e hoje foi mais uma oportunidade de debater aqui na Assembleia”, disse o secretário.

A audiência pública contou ainda com a presença do ex-deputado estadual Renato Gadelha; o ex-deputado federal Leonardo Gadelha; do presidente da Famup, George Coelho; do representante da Comissão Nacional de Direito Tributário OAB, Felipe Crisanto; do vereador de Sousa, Cacá Gadelha; e do presidente do Sindifisco, Wagner Lira.

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Parlamentar defende rodízio na liderança da base do governador João Azevêdo na ALPB; deputado Chico Mendes é o atual líder

A deputada estadual Cida Ramos, do Partido dos Trabalhadores (PT) defendeu que haja alternância entre…

24 de novembro de 2024

Semana começa com mais de 800 oportunidades de emprego em municípios paraibanos; confira!

A partir desta segunda-feira (25), o Sistema Nacional de Emprego da Paraíba (Sine-PB) disponibiliza 816…

24 de novembro de 2024

Fique atento! Primeira parcela do seu 13º salário deve ser paga até sexta-feira

Um dos principais benefícios trabalhistas do país, o décimo terceiro salário tem a primeira parcela…

24 de novembro de 2024

Padrasto é suspeito de esfaquear enteada de 18 anos dentro de casa, em João Pessoa

Na madrugada deste domingo (24), uma jovem de apenas 18 anos foi esfaqueada dentro de…

24 de novembro de 2024

Programa ‘Eu Posso’, da PMJP, abre novas inscrições com créditos de até R$ 15 mil; saiba como aderir

Os empreendedores de João Pessoa interessados em conseguir linhas de crédito devem ficar atentos porque…

24 de novembro de 2024

João Pessoa terá programação de Natal pela primeira vez no Parque das Três Ruas

A programação de final de ano da Prefeitura de João Pessoa, através da sua Fundação…

24 de novembro de 2024