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Análise: a cada segundo a situação de Bolsonaro piora e ele é o próprio protagonista da sua “desgraça”

A frágil permanência do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) à frente do Executivo federal, observando a ótica de um cidadão comum; em especial aqueles que votaram no atual presidente da República como uma “segunda via” para anular supostos indícios de perpetuação do Partido dos Trabalhadores à frente do Brasil se tornou um pesadelo. E aqui escrevo de forma segura e muito longe de qualquer interesse ideológico e partidário.

Dia após dia, ignorando o bom senso de resguardar seus patrícios da pandemia do nono Coronavírus que devasta todo o mundo, desde a economia até a perda em massa de vidas humanas, infelizmente Bolsonaro e seu séquito quase cego busca enxergar uma realidade bem próxima à obra infantil mais conhecida de Charles Lutwidge Dodgson, publicada a 4 de julho de 1865, intitulada “Alice no País das Maravilhas”.

Nela, o livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai numa toca de coelho que a transporta para um lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas, revelando uma lógica do absurdo, característica dos sonhos. E nesse estado de torpor, indignação, defesa do “mito”, luta de classes e ideologias, o Brasil entra em franca bancarrota em todos os aspectos sociais. Não em um plano de sonho infantil, mas real, nu e cruel.

Efraim Filho busca a conciliação, mas seu partido já sinaliza rompimento

Entendo, e muito, o acentuado grau de “desespero” do deputado federal Efraim Filho (DEM), escolhido pela maioria dos parlamentares paraibanos como líder da bancada da Paraíba no Congresso Nacional.

Prega ele, de forma assertiva, cautela após impasse envolvendo Bolsonaro e Sérgio Moro, que, sem dúvidas alguma, porá (já pôs) o atual governo federal na chamada berlinda. Congresso e Supremo exigem, de forma democrática, explicações do ex-ministro e do presidente da República. Afinal: quem está mentido, ou mentido menos?

DEM se distancia de Bolsonaro

O distanciamento do governo federal em relação ao DEM colocou em questão um possível prejuízo à posição da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, que é deputada federal licenciada e integra o partido.

O cenário é de uma péssima relação do presidente Jair Bolsonaro com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e o rompimento do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), alimentam ainda mais a rede de intrigas.

Não havendo todas essas problemáticas, a sigla democrática estava, de forma efetiva, com o “mito”, até as “bombas” estourarem. Em tempo: Bolsonaro entende de explosivos que explodem de forma efetiva, como também artefatos bélicos à base de fake news; estando sua suposta licença para “fabricar”, pelo chamado “gabinete do ódio”, ataques à oposição de forma vil e mentirosa. Detalhe: o filho do presidente, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, é apontado como o cérebro de tais crimes.

Um bando de psicopatas que buscam em Maquiavel, (se é que leram) e busca na célebre frase para justificar seus fins e meios: “É melhor ser temido do que amado.”

Relação de Bolsonaro com as Forças Armadas

Para os civis, Bolsonaro é motivo de preocupação. Na seara dos fardados não passe ele de um aventureiro em distanciamento das Forças Armadas.

Continua a dar ordens na caserna por ser, ele, comandante em chefe da Marinha, Exército e Aeronáutica por força Constituição.

Eis o dispositivo: rt. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Mas note o adendo: destinam-se “às Forças Armadas à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. E muitos generais e colegas de outras armas, mesmo em off à imprensa, já informaram que o papel do efetivo, antes de caprichos de detentores do poder, está pautado no Estado e seu bom desenvolvimento, estando o caos abolido.

Mais denúncias contra Bolsonaro

Então é puro engano de Bolsonaro entender que pode ser um déspota no Brasil. Não é. E pior: todos os dias novas denúncias recaem contra sua pessoa. A última delas:

Sob suspeita de ingerência na Polícia Federal, o presidente Jair Bolsonaro entrou agora na mira do Ministério Público Federal (MPF) por indícios de violar a Constituição ao interferir em atos de exclusividade do Exército, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.

Procuradores abriram dois procedimentos de investigação para apurar uma ordem dada por Bolsonaro ao Comando Logístico do Exército (Colog), no último dia 17, que revoga três portarias publicadas entre março e abril sobre monitoramento de armas e munições.

A procuradora regional da República Raquel Branquinho aponta a possibilidade de Bolsonaro ter agido para beneficiar uma parcela de eleitores e que não há espaço na Constituição “para ideias e atitudes voluntaristas” do presidente, ainda que pautadas por “bons propósitos”.

O desdobramento do caso pode levar a uma ação de improbidade na Justiça Federal ou à abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).

Jurista paraibano em perfeito descompasso com a realidade

É!!! A vida do presidente não está fácil, como paraibano Ricardo Sérvulo contesta. Diz ele que o “mito” pode costurar um possível acordo com o chamado Centrão.

Isso dará, segundo ele, um viés de sustentação para afastar a possibilidade política de um impeachment. Sérvulo acrescenta, ainda, que: “Na prática, a questão jurídica não interessa tanto quanto a questão política, então se ele (Bolsonaro) tiver a sustentação” à base do fisiologismo ele não sofrerá impeachment.

O problema, com todo respeito e admiração que tenho à pessoa de Ricardo Sérvulo, vou encerrar a análise relembrando que os primeiros a deixarem uma embarcação quando começa a “fazer água” são os ratos. É sempre bom lembrar-se de tal metáfora.

 

Eliabe Castor
PB Agora

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