Não se iludam: as eleições municipais deste ano e as seguintes serão eivadas dos mesmos vícios de corrupção verificados nos pleitos anteriores.
Naturalmente, o volume de dinheiro ilícito que deve mover as campanhas eleitorais milionárias, a que estamos acostumados a ver, tendem a diminuir um pouco em razão do impacto ainda da Operação Lava Jato, como já ocorreu nas eleições de 2018.
O Brasil continua o mesmo, quanto à corrupção, depois da Lava Jato. Não se engane, que não mudou nada.
Local
Na Paraíba, particularmente, a precaução com as práticas ilícitas deverá ser um pouco mais acentuada graças a demolidora Operação Calvário, que ainda está passando o rodo nas ilicitudes. Mesmo assim, porém, a corrupção estará muito presente, seja através de Caixa 2, caixa 3, caixa 4, lavagem de dinheiro para financiar campanha.
Compra de voto nem se fala, esta rola de melé solto. Todo mundo sabe, inclusive as autoridades, mas fingem não saber.
Sistema
A menos que se faça uma profunda reforma no sistema político brasileiro, a corrupção continuará sendo, senão um fator decisivo, mais um elemento de peso em todo pleito eleitoral.
O problema é que o sistema político eleitoral brasileiro induz o agente político à prática da corrupção: por melhor que seja a biografia de qualquer candidato, é quase zero a possibilidade deste se eleger se não arrumar uma farta quantia pra bancar a sua campanha. Na hora do vamos ver, a grana oriunda do Fundo Partidário vira mixaria.
Nas eleições de 2020 haverá a grana ilícita, os seus arrecadadora, propinoduto etc e tal.
Vai ser tudo como d’antes no quartel de Abrantes.
Wellington Farias
PB Agora