O Governador João Azevêdo continua acertando na precaução contra o coronavirus: acaba de baixar um decreto radicalizando nas medidas, justamente num momento em que a onda de contaminação – com casos confirmados e mortes – está num crescente, sinalizando uma perspectiva cada vez mais sombria.
Está certíssimo, o governador. Tem mesmo que arrochar o nó, fechar o cerco contra este inimigo invisível, danoso, ameaçador à saúde pública, e até letal.
Os governantes não podem pagar pra ver, ou seja: não lhe é dado o direito de aguardar que as mortes continuem acontecendo para só depois tentar remediar.
Tem que agir logo, rápido. E, mesmo assim, não terá cem por cento de resultado, não há como. Tudo será feito para conter a onda que, neste momento, começa a subir devendo alcançar o pico em junho.
Se não reagir, vai ser muito pior.
O Estado não pode flexibilizar nada em detrimento da vida humana. Também não deve se incomodar com pressões de empresários gananciosos e políticos oportunistas que buscam fazer média em cima de uma situação que pode ser a desgraça do povo.
No programa radiofônico “Fala Governador”, na emissora oficial do Estado, João Azevedo foi enfático na sua reação:
“Esse tipo de pressão que fazem alguns seguimentos e deputados de oposição, que se aproveitam nesse momento para se apresentar como pré-candidatos e salvadores da pátria, não vai fazer mudança no processo que nos interessa. O que nos interessa é salvar vidas. Quando tomamos medidas como estas sabemos que estamos na direção correta”, disse.
Torçamos para que as expectativas sombrias acerca dos efeitos do coronavirus sobre nós não se confirmem. Mas não basta apenas torcer, porque só isso não resolve. Também temos que nos prevenir com medidas radicais, precauções de guerra, para não termos de remediar depois.
Não é exagero, não é semeadura de pânico. É a realidade nua e crua. Não se pode escamotear a verdade, para depois não ter que chorar o leite derramado.
Estamos no começo de um crescente da onda de contaminação pelo coronavirus, e os números sobre mortos, no Brasil e na Paraíba, são alarmantes.
Não se pode flexibilizar nos procedimentos contra o coronavirus. Nem nós, cidadãos, em nossos deveres de contribuir para a hercúlea.
Os partidários de que as medidas devem ser flexibilizadas estão adotando um discurso que, no fundo, tenta convencer as pessoas de que o vírus é mais invenção da imprensa, cria de governos etc e tal.
Não existe culpados pelo vírus. Pelo menos que se saiba, não. E não adianta nada atribui-lo a A ou B. O que adianta é que ele está ai, invisível, contaminador e, em grande parte, letal.
Chega a ser curioso que os que defendem a volta dos trabalhadores às suas atividades normais, se preservam em suas quarentenas rigorosas e, quando saem eventualmente de casa, o fazem sob a proteção de seus carros de vidros fechados etc.
Wellington Farias
PB Agora
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