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Análise: Cássio e Romero aprenderam que sobrenome pode ser derrotado e correm para manter hegemonia

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As movimentações das placas tectônicas na Rainha da Borborema estão com certa estabilidade em relação às eleições de 2020. O grupo Cunha Lima (PSDB), aliado aos Ribeiro, não deixa dúvidas da sua predileção eleitoral. Faz-se evidente que o nome do ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) seja a “fonte da juventude” do clã, embora exista um belo disfarce entre todos que desfrutam as veias “consanguíneas”.

Os fatos, que estão em pauta para “disfarçar” uma possível postulação de Cássio Cunha Lima, não se enganem leitores, estão vívidos. Não será o escritório de advocacia em Brasília que irá estancar os desejos do tucano. Aliás, tal assunto foi tornado público pelo prefeito da ex-Villa Nova da Rainha, Romero Rodrigues (PSD), que vem a ser primo do ex-parlamentar. Falou o chefe do Executivo campinense, dias atrás, que havia um possível “empecilho” administrativo do seu parente para deixar seus compromissos enquanto gestor jurídico no Distrito Federal.

Ainda no jogo de formulação do tabuleiro político, e da “cortina de fumaça”, o clã Cunha Lima dispõe, em consanguinidade do ex-deputado estadual Bruno Cunha Lima, além do próprio filho de Cássio, Pedro Cunha Lima, que preside a sigla tucana na Paraíba.

Como se vê, pode existir uma tentativa para “despistar” a oposição e proteger Cássio Cunha Lima de ataques precoces antes do período eleitoral. Mesmo apresentando fraturas, o grupo oposicionista, aí estou falando do seu líder maior, senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB) não é frágil em Campina Grande. Por isso o PSDB precisa da força cassista para manter a potência política na Serra da Boborema .

É fato que Cássio amargou derrota quase vergonhosa no último pleito, quando ficou em quarto lugar quando disputou uma cadeira para o Senado Federal. Mas é concreto afirmar que, depois do revés, além dele, todos a sua volta tenham compreendido que os valores da atual política partidária não estão pautados em uma quase indexação ao sobrenome. A política, hoje, é mais democrática e funciona, em boa escala, à base de algoritmos. Não bastam sorrisos.

Cássio Cunha Lima, o até então imbatível nas urnas, entendeu isso. E queira ou não, é ele a peça chave do seu grupo político. Sair da sua “sombra” é um delito. Deixá-lo é suicídio eleitoral. Daí a aposta firmada: o clã colocará seu mais experiente guerreiro na “peleja”. É só aguardar.

 

Eliabe Castor
PB Agora

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