Começou a conhecida ladainha das empresas de transportes coletivos de João Pessoa por aumento de tarifas de passagens.
A pergunta que já se faz é: será que o prefeito Cícero Lucena vai cair na esparrela e ceder às pressões empresariais, ou irá pensar um pouco na situação do coitado do trabalhador, no servidor público especialmente?
Porque, se o trabalhador e o servidor público não tiveram aumento de vencimentos, como poderão arcar com o aumento das suas despesas decorrentes de uma eventual elevação das tarifas de transporte? Já não basta a inflação verificada no ramo dos gêneros alimentícios, do botijão de gás?
Quaisquer que sejam os argumentos do empresariado é preciso entender que eles representam o setor mais forte, com muito mais lastro para suportar os efeitos de uma crise do que os trabalhadores.
A lógica então deveria ser: da mesma forma que se leva em conta as planilhas de custo das empresas, deve-se observar a relação dos vencimentos dos trabalhadores os seus gastos.
O truque
O prefeito Cícero Lucena precisa estar atento para não cair no velho truque, que consiste no seguinte: a turma reivindica o aumento num patamar absurdo – e que jamais será concedido – na expectativa de que o poder público lhe conceda o aumento das tarifas num patamar abaixo do reivindicado. No frigir dos ovos, então, eles conseguem o aumento que de fato desejam.
Vejam o histórico dessa relação das empresas com a Prefeitura de João Pessoa. Tem sido sempre assim: depois de uma longa “discussão”, o prefeito geralmente não concede o aumento das tarifas no patamar “reivindicado” pelas empresas, mas o faz em termos um pouco mais modesto que, na verdade, corresponde exatamente ao “de fato desejado pelo empresariado”.
De qualquer forma, aguardemos os desfechos dessa história, apelando para que o bom senso prevaleça.
No senado
Pela primeira vez na história do Senado brasileiro no mesmo plenário estarão mãe e filho em pleno exercício do mandato parlamentar.
A ex-deputada Nilda Gondim, mãe do senador Veneziano Vital do Rego, deve assumir ainda esta semana o mandato de senadora, na condição de primeira suplente de José Maranhão, que está acometido de Covid-19 num hospital de São Paulo.
José Maranhão, depois de mais de um mês internado, licenciou-se do Senado da República.