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Análise: como Luís XVI, Ricardo Coutinho perdeu sua cabeça literalmente

A política é volátil e, em um dia alguém pode dormir rei ou rainha, e no outro ser decapitado, como Luís XVI, último monarca da França. A lâmina vingadora correu pela cabeça do soberano, removendo-a. E assim foi encerrado o “Ancient Régime”, o Velho Regime em um domingo, 21 de janeiro de 1793, na Praça da Revolução, hoje Praça da Concórdiadou.

E como o rei da França, o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) vem observando o findar dos seus dias de glória. De paladino da moralidade a suposto homem público que cometeu vários delitos na sua gestão enquanto chefe do Executivo da Paraíba, o socialista teve seus direitos políticos guilhotinados na noite de terça-feira (10).

Está ele agora inelegível por 8 anos, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sua “Bastilha” foi tomada e seu castelo já não passa de areia movediça. As alegações para tal revés estão pautadas em três processos referentes aos casos do Empreender-PB, PBPrev e dos servidores codificados.

Seus defensores alegam que ele está apto a disputar o pleito do dia 15 de novembro, estando Coutinho na condição de candidato a prefeito de João Pessoa. Contudo, se o inimaginável ocorrer e o socialista vencer as eleições, certamente haverá efeitos jurídicos sérios que o impedirão de assumir o trono real da Capital.

E fica aquele velho ditado: “Cabeças irão rolar”. E já estão rolando. O fato é mesmo de perder a cabeça!

 

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