O elogio do vice-presidente da República Hamilton Mourão (PRTB) à postura do governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), em entrevista a veículos de imprensa paraibanos nesta semana, comprovou que o chefe do executivo na Paraíba consegue driblar as picuinhas políticas localizadas, sem deixar de ser percebido no cenário macro da política. Aos poucos João engorda seu leque de aliados, sem precisar esvaziar os cofres do Estado.
“A postura do governador Joao Azevêdo tem sido a melhor possível, temos tido uma boa relação entre o governo federal e o governo do estado da paraíba. Eu não vejo nenhum problema nesse relacionamento”, disse o vice-presidente.
Àqueles que viam o governador apenas como mero técnico, hoje se rendem ao real poder de articulação de João. Do litoral ao Sertão as movimentações com vistas às eleições municipais ganharam com sua presença e atuação.
Em julho desse ano, em entrevista, a senha foi dada: “Estou credenciando meu nome para 2022”, declarou o governador, apesar de deixar claro que não estava antecipando o debate eleitoral, mas sim trabalhando para mostrar ao povo da Paraíba o que fez e está fazendo durante a sua estada como governador.
Segundo ele, caberá ao povo, no tempo oportuno, avaliar e decidir se ele merece ou não continuar no governo. Nesse cenário, em primeiro lugar vem o trabalho, tal como semente, sendo plantado dia após dia, depois a colheita, e, com ela, seus frutos.
O estilo João de governar agrada mais que desagrada. Sempre aberto ao diálogo, evita debates acalorados, sobretudo no que tange à dignidade e até mesmo ao estereótipo de cada adversário. O fato de ser gordo ou magro, feio ou bonito, alto ou baixo não é nem será munição na boca de João. Pelo contrário. A educação de professor está em seu sangue e é isso que João tem ensinado nesses quase dois anos de gestão. Como em qualquer sala de aula, há alunos rebeldes sem causa, que são do contra. Mas, para maioria, João além de um ser educado, é também um educador, e como tal, transmite ensinamentos valorosos.
QUARTETO ACÉFALO
Sem o respaldo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), quatro candidatos em João Pessoa que se intitulam representantes da direita ficaram acéfalos de apoio presidencial nesse primeiro turno do pleito. Trata-se de Walber Virgolino (Patriotas), Nilvan Ferreira (MDB), Raoni Mendes (DEM) e João Almeida (Solidariedade). Por enquanto é cada um por si, mas no segundo turno, há a expectativa de que seja ‘todos por um’. Isto é, se algum deles passar pelo peneirão do primeiro turno.
GIGANTES
Em novembro do ano passado o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (PSB) previa que – se o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, estivesse no páreo – a corrida pela prefeitura de João Pessoa seria uma eleição de anões, onde só Ricardo sairia gigante. Mas, a política está aí para comprovar que nem tudo que se projeta, vira realidade. Hoje a disputa pode até ser um conto de Branca de Neve, mas sendo todos enquadrados com a mesma estatura, 13 anões, em vez de sete, sendo pelo menos três deles ‘zangados’ – que querem o embate raivoso – e outros três ‘sonecas’ – que apenas cumprem tabela.
A REDE DO MAGO
Se alguém quiser saber alguma ‘novidade’ sobre o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) terá que recorrer às suas redes sociais, através de suas lives, ou a entrevistas que ele concede a comunicadores ‘autônomos’ – sem veículo de comunicação. Aos demais, ele tem evitado ‘dá cartaz’ e, sempre que pode, alfineta o jornalismo paraibano. Democraticamente, a gente aceita a recusa. Jornalisticamente, a gente lamenta.
O VICE
Prova disso é que revelou ao jornalista João Costa, durante uma live nesta terça-feira (22) que já decidiu confirmar a indicação do advogado Antônio Barbosa para vice na sua chapa na disputa pela prefeitura de João Pessoa. Segundo o socialista, não havia razão para os partidos marcharem separados.
O CENTRO
Essa tese de união partidária, no entanto, só se sustenta tendo o PSB como cabeça de chapa, já que PT e PCdoB reiteraram inúmeras vezes o convite para o PSB fazer parte do arco de alianças na corrida pela sucessão na Capital e o partido rejeitou porque corria o risco de não ser o centro das atenções.
GIUCÉLIA
Até a presidente do PT em João Pessoa, Giucélia Figueiredo, fez questão de afirmar que Ricardo fez uma convenção às escuras e lembrou que Antônio Barbosa, que se ofereceu como candidato a vice, nunca representou o sentimento do partido, sendo um mero girassol no ninho petista.
RESUMO
No final, quem descreve a estratégia é o deputado estadual Anísio Maia. “Nós queríamos conversar sem imposição, sem caciquismo e nem ‘chefismo’ desses que estão hoje, comandando essa tentativa de intervenção”, disse ele, referindo-se a Ricardo Coutinho, que segundo Maia não é habituado ao diálogo e quer as coisas sempre da forma como deseja e na base da ordem, e os petistas não admitem isso, assim como o PC do B.
Márcia Dias
PB Agora
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