Está tranquilo e está favorável. Apesar de o cenário ser de pandemia, o que tem preocupado muitos gestores ao redor não apenas da Paraíba, mas também do mundo inteiro, o início da administração Cícero Lucena (PP) no comando dos destinos de João Pessoa, capital da Paraíba, tende a ser alvissareiro.
O caboclinho, como é conhecido, inicia essa nova etapa com a faca e o queijo na mão, contando a seu favor a vasta experiência de gestor, técnico e homem público, além do apoio determinante do governo estadual. Apenas com esses dois requisitos o novo prefeito pode vislumbrar uma administração melhor que os oito anos do governo Luciano Cartaxo, que encerra seu segundo mandato em dezembro desse ano com 53% de aprovação, conforme dados divulgados pela pesquisa Datavox na última semana do segundo turno do pleito. O percentual é medíocre (de qualidade média, comum; mediano, meão, modesto, pequeno) para quem teve a oportunidade de gerir o maior orçamento do Estado por oito anos em uma época onde não existia uma crise sanitária.
Aliás, há algum tempo a força de Cartaxo desapareceu. Se tivesse longas madeixas e as perdido, diria eu que tal qual Sansão não mais consegue erguer grandes feitos. Em 2018, por exemplo, Cartaxo não conseguiu emplacar nenhum aliado como deputado federal ou estadual. Hoje governa um partido com pouca expressão e, sem mandato a partir de 2021, corre o risco de cair no ostracismo político.
Por outro lado, Cícero conta com uma base bem alicerçada. Com a parceria de João Azevêdo, eliminou cenários de brigas e picuinhas desnecessárias entre município x estado. Tal qual o governador, Cícero é também engenheiro, cuja etimologia da palavra não deixa brechas para dúvidas do que está por vir – criador, construtor e elaborar com habilidades e criatividade para desenvolver soluções para problemas técnicos.
A oportunidade de fazer uma excelente gestão chegou. Se tudo correr conforme o script, ao final do primeiro mandato, Cícero estará com uma aprovação bem mais alta que a que Cartaxo atingiu, mesmo na guerra com o inimigo invisível chamado coronavírus.
Márcia Dias
PB Agora
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