Categorias: Política

Análise: o microfone sem o veículo; uma ameaça sem um suspeito; um Nilvan sem um Sistema de Comunicação

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Um atentado no meio do caminho. Foi esse o tom dado pelo candidato do MDB, Nilvan Ferreira e que movimentou as redes sociais nesse primeiro final de semana de campanha eleitoral na rua. Fato ou fake? Nenhum suspeito, até agora, foi identificado ou preso. O também candidato a prefeito de João Pessoa, João Almeida (SD), em vídeo abaixo, alertou para a possibilidade de armação do adversário só para chamar a atenção com a criação de um fato político. Almeida, que é policial rodoviário federal, pediu para a população ficar alerta, elevar o debate e não acreditar em fantasias.

“Atentado em começo de eleição só tem dois motivos, ou o cara tá devendo muito na praça, tem muitos inimigos ou isso foi montado para chamar a atenção”, disse Almeida.

O fato mesmo é que desde que comunicador, Nilvan Ferreira, deixou os microfones do radiofônico Correio Debate, bem como as câmeras do matinal Correio Manhã no bem conceituado e popular Sistema Correio, perdeu seu forte cabo eleitoral – a empresa. Afinal, era ela que todo dia dava notoriedade a sua voz, a sua imagem e às suas opiniões.

Um comunicador sem veículo – mas não qualquer veículo – é apenas mais um no meio da multidão – se agarra à internet e na sua infinidade de redes sociais em busca de seguidores, acessos e cliques. A repercussão todos já sabem! É uma em um milhão. Basta olhar os milhares de canais e páginas existentes na rede mundial de computadores para concluir que apenas uma pequena amostra tem êxito nessa corrida midiática. Muitas delas por capacidade, outra parte por pura sorte.

Nilvan sem um Sistema, um mircrofone sem um veículo e um atentado, ou ‘pseudoatentado’ como disse João Almeida – no meio do caminho. Os resultados das primeiras pesquisas eleitorais ainda não foram divulgados. Nas enquetes, no entanto, realizadas no período pré-eleitoral – que não tinham valor científico – o comunicador apresentava uma desenvoltura satisfatória (quando ainda estava comandando programas líderes em audiência).

De lá pra cá Nilvan não anunciou adesões, não chamou a atenção com propostas estruturantes ou revolucionou sua participação em debates eleitorais. Se mostra apenas pronto para exercer o papel de enfrentamento apontando os problemas e defeitos dos adversários, mas sem muitas novidades no tocante às soluções destes.

Nesta segunda-feira (28), por exemplo, em debate na Rádio Arapuan, o petista Anísio Maia comparou as propostas do emedebista a um saco do Papai Noel, pois segundo ele, tem presente para todo mundo. Segundo Anísio, Nilvan precisa parar de inventar as coisas e ter propostas que realmente funcionem.

Na comunicação, o profissional, por mais competência técnica que tenha sobre determinado ramo, tem na empresa que representa seu pedestal, seu holofote, sua realização. Trilhar sozinho nesse meio, apenas com a cara e a coragem, não é impossível, mas é desafiador.

O que seria, por exemplo, de Willian Bonner sem o Jornal Nacional? Em um passado não tão distante a renomada apresentadora Silvia Popovic, durante esta pandemia do coronavírus, foi demitida da Bandeirantes e agora se agarra apenas às suas redes sociais para entreter. A lembrança dela no imaginário do telespectador começa a se apagar, porque na TV a máxima é de que ninguém é insubstituível.

Os apresentadores passam e os programas ficam, porque a empresa segue perpetua de geração para geração. Até o final destas eleições Nilvan espera virar mito, quiçá repetindo a história de Jair Bolsonaro, em 2018. Mas, com a mesma postura bolsonarista que ele, há também outros candidatos que seguem a linha do presidente da República no páreo, dividindo a mesma base entre várias postulações.

Nilvan solta fumaça nessa caminhada, mas ainda não conseguiu colocar fogo na campanha.

 

Márcia Dias

PB Agora

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