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ANÁLISE: Queiroga e Cartaxo lançam estratégia “inusitada” para evitar concorrência nos seus partidos por disputa pela PMJP

A estratégia “inusitada” política lançada pelos pré-candidatos a prefeito de João Pessoa Marcelo Queiroga (PL) e Luciano Cartaxo (PT) revela uma abordagem calculada e pragmática para garantir a preferência do grupo em relação à candidatura à prefeitura da capital em 2024. Ao apoiarem candidatos do seu próprio partido a disputarem a prefeitura de outras cidades, os pré-candidatos buscam, de forma implícita, evitar confrontos internos acirrados que poderiam fragilizar suas chances de serem escolhidos como representantes do partido em João Pessoa.

No primeiro caso, o pré-candidato Marcelo Queiroga (PL) manifestou apoio entusiasmado à possibilidade de Nilvan Ferreira concorrer à prefeitura de Campina Grande. Embora mantenha firmemente sua intenção de disputar a prefeitura de João Pessoa, Queiroga destacou os planos ambiciosos do PL em lançar candidatos em diversas prefeituras da Paraíba, com foco especial na região metropolitana. Essa estratégia, aparentemente de expansão partidária, pode ser interpretada também como uma forma de aliviar a concorrência interna em João Pessoa, garantindo vantagens políticas para Queiroga ao evitar disputas diretas com outros pré-candidatos do seu partido na capital.

No segundo, o pré-candidato Luciano Cartaxo revelou seu apoio à possível candidatura de Ricardo Coutinho à prefeitura de Santa Rita. Ao ressaltar a “viabilidade eleitoral” do ex-governador nessa cidade vizinha, Cartaxo sinaliza que Ricardo Coutinho não tem interesse em disputar a prefeitura de João Pessoa, afastando, assim, um potencial concorrente. Embora o discurso oficial seja de confiança na escolha de Coutinho para liderar o pleito em Santa Rita, é evidente que essa estratégia também beneficia Cartaxo, permitindo-lhe enfrentar uma concorrência potencialmente menor em sua busca pela candidatura em João Pessoa.

Pelo que se sabe, nem Nilvan tem identificação com Campina Grande, nem Ricardo com Santa Rita. Porém, na política, isso é o que menos importa. Basta pegarmos o exemplo do atual governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, que é carioca e não sabia sequer onde ficava a sua zona eleitoral, se numa escola, numa universidade, numa repartição pública.

Ao apoiarem candidatos em outras regiões, os pré-candidatos buscam consolidar-se como as principais opções para a preferência do grupo e evitar rachas internos que poderiam enfraquecer o partido como um todo. Resta saber como as partes afetadas reagirão. Nilvan, por exemplo, já deixou claro que só quem pode revogar a sua candidatura em João Pessoa é a população. Ricardo, por sua vez, permanece silente sobre a possibilidade de se candidatar em Santa Rita.

 

Feliphe Rojas
PB Agora


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