O que é heráldica? Bem, muito longe da explicação assertiva da cinquentona enciclopédia Barsa, tal indagação é sinônimo ou quase do saber. E isso não é “interessante” – a pesquisa em livros – para as gerações atuais ou “antigas”. O ser humano tem hoje o Google. Não é preciso gastar verdadeiras fortunas e espaço generoso dos cômodos da casa para ter o bem da informação. Jogue fora ácaros e traças. Dê um clique e o mundo estará na palma da mão. E isso é belo. A democracia da informação chegou.
Mas vou buscar uma vírgula. “Informação” até certo ponto é lenda, pois as ditas “fake news” buscam macular a história real. E agora, preâmbulo exposto, li e reli a coluna de Lauro Jardim, renomado colunista do “O Globo”, antes de escrever possíveis impropérios. Em tempo, busquei o significado de impropério: “Ação repreensível, ato infame ou repreensão ofensiva”, como consta no dicionário da língua “matre”. As aspas estão de acordo com Policarpo Quaresma, personagem do escritor Lima Barreto. Para Poli, nossa língua é o Tupi.
E agora mais uma “catucada”. Antes que acusem a imprensa dos dias atuais, “maquiar” a história contada vem dos vencedores há séculos. O que lemos hoje veio dos escribas. Fontes neolíticas e paleolíticas duvidosas. Mas quer a verdade? Basta o leitor procurar fontes seguras. Pesquisar e confrontar as informações.
Bem, três parágrafos ditos. Essa é a minha linha. É preciso a introdução. Não posso “sacudir” a informação para o leitor, pois ela não é verdade absoluta. O que é absoluto, de fato, centra-se nas ações da senadora neófita Daniella Ribeiro do (PP) paraibano.
Eu fico constrangido em comentar casos escusos envolvendo parlamentares do estado, por entender que eu, você, nós e vós depositamos nossos votos, sufrágios de esperança para uma Paraíba grande. Uma Paraíba equânime e de justa balança social. Mas não há nada, ou quase nada de novo. Vivemos perto do fogo para se proteger das feras.
E o que fez a ilustre, excelentíssima e magnânima senadora Daniella Ribeiro nos seus rápidos segundos da legislatura? Não muito. A parlamentar mostrou o sobrenome familiar. O DNA dos Ribeiro. “Indicou” três parentes para seu gabinete. Custos? R$ 630 mil por ano. Nepotismo puro. Puro sangue mesmo. Grife.
Nada mal para quem vem de uma família cujo avô (embora inocentado) foi acusado de encomendar a morte do líder sindical de João Pedro Teixeira, fundador da Liga Camponesa de Sapé (PB) e assassinado em 1962.
Bem, há livros sobre tal fato, o que não incrimina, lógico, a senadora. Mas vale a pena ressaltar a história, para que a mesma não caia no poço do esquecimento.
E nessa linha do esclarecimento, vale lembrar que a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu em junho deste ano aceitar denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra quatro parlamentares do PP, um dos principais partidos que compõem o chamado Centrão no Congresso Nacional.
Em tempo, foram eles: os deputados Aguinaldo Ribeiro – irmão da senadora, Arthur Lira (AL) e Eduardo da Fonte (PE) e o senador Ciro Nogueira (PI). Todos denunciados por organização criminosa em um dos processos da Operação Lava Jato. Mas isso são detalhes históricos. Vivamos o hoje, claro!
E o hoje vem da senadora Daniella Ribeiro e sua “onda” de nepotismo.
Eliabe Castor
PB agora