O impasse entre a prefeitura e a Câmara de Vereadores de Campina Grande em relação ao orçamento impositivo é um reflexo claro das disputas políticas que, muitas vezes, colocam os interesses partidários acima do bem-estar da população. A aprovação do projeto que destina 1,2% das receitas do orçamento de 2024 para as emendas impositivas dos vereadores parece ser uma medida que visa fortalecer o papel legislativo, mas a falta de consenso ameaça paralisar serviços essenciais na cidade.
É compreensível que os vereadores queiram assegurar recursos para suas emendas impositivas, permitindo a realização de projetos que beneficiem diretamente a população. No entanto, a postura de boicotar a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) pode resultar em prejuízos significativos para a cidade, afetando áreas como saúde e educação.
A prefeitura alega que o orçamento não comporta o percentual estabelecido para as emendas impositivas, levantando a preocupação com a paralisação de serviços essenciais. O líder do governo na Câmara, vereador Luciano Breno, busca uma solução, sugerindo uma implementação gradativa do percentual ao longo dos anos. Essa abordagem parece ser sensata, pois permite o atendimento das demandas dos vereadores sem comprometer drasticamente áreas cruciais para a comunidade.
No entanto, a atitude dos vereadores de oposição em boicotar a aprovação da LOA é questionável. Em vez de agir de maneira que coloque em risco serviços essenciais para a população, eles deveriam buscar alternativas e diálogo construtivo. É possível reivindicar ajustes nas emendas impositivas sem recorrer a táticas que prejudicam diretamente a comunidade.
O momento exige maturidade política e responsabilidade, pois o risco de paralisação de serviços essenciais não pode ser subestimado. Os vereadores de oposição têm o dever de representar os interesses da população de Campina Grande de maneira eficaz, e isso inclui encontrar soluções que não comprometam o funcionamento adequado da cidade.
Feliphe Rojas
PB Agora