Ao exonerar o secretário de Planejamento, Waldson de Souza, e o procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, o governador João Azevêdo passa a reconhecer “a culpabilidade” dos seus ex-assessores imediatos atolados até a sola do pescoço nas investigações a Operação Calvário.
Para dizermos que “reconheceu”, lembramos as próprias palavras de Sua Excelência proferidas, quando, num primeiro momento, rechaçou a ideia de exonerar a então secretária de Administração, Livânia Farias, e o secretário de Planejamento Waldson de Souza. Foi por ocasião de sua ida à Assembleia Legislativa, em fevereiro deste ano, para entregar a mensagem do Poder Executivo ao Poder Legislativo. Ele disse: “Houve um mandado de busca para contenção, recuperação de documentos que o Ministério Público entendeu fazer. Isso não significa, absolutamente, culpabilidade”.
Assim sendo, portanto, a partir da exoneração de Waldson de Souza e do procurador-geral Gilberto Carneiro, publicada no Diário Oficial desta terça-feira (30), está claro que até o governador do Estado reconhece a tal culpabilidade dos ex-auxiliares imediatos.
Segundo alguns portais, as exonerações teriam sido “a pedido” dos exonerados, conforme os termos do DO. Puro acalanto para bovídeos, ou seja: conversa pra boi dormir. Na verdade, quando a coisa se torna insustentável, é prática comum dos governadores chamarem seus auxiliares à sua mesa para dizer coisa do tipo: “Olha, não dá mais; a situação é insustentável e a imagem do meu governo já está muito prejudicada. A saída honrosa é: vou exonera-los, mas como se fosse a pedido de vocês”.
Na verdade, o govenador João Azevedo, que vem realizando um bom começo de gestão, além de ser um homem de conduta irretocável, há muito já deveria ter tomado essas decisões. A sua gestão, que já é positivamente bem comentada pelos bares, restaurantes, shoppings e esquinas poderá ser prejudicada mediante a insistência de manter em sua equipe alguém que está sob graves acusações do MPPB, Gaeco e Cia.
Mesmo que os tais acusados não tenham sido condenados é preciso até que eles próprios reconheçam que suas presenças no governo são incômodas e prejudiciais à gestão.
Coincidência?..
Não é mesmo uma estranha coincidência que Waldson de Souza e Gilberto Carneiro tenham “pedido” exoneração um dia antes da Operação Calvário fazê-los nova visita?
Ajeitando
Ontem à tarde, uma fonte fidedigna e da esfera policial disse ao colunista aqui: “Acho que casca grossa vai ser presa a qualquer momento. Lá no Batalhão estão dando uma arrumada em alguns compartimentos…”
Saúde
Claudia Veras não foi simplesmente exonerada da Secretaria de Saúde do Estado. Além de não ter nada a ver com os desdobramentos da Operação Calvário, ela simplesmente foi remanejada da Saúde para a Secretaria Executiva de Articulação Municipal.
Ao sair, Veras publicou uma nota de gratidão aos servidores da Secretaria de Saúde do Estado, onde realizou um trabalho digno de registro.
Comercial
O Comercial do Banco do Brasil, censurado e tirado do ar por intervenção do presidente Jair Bolsonaro, custou ao erário a bagatela de R$17 milhões.
A peça notoriamente tinha a intenção de seduzi, sobretudo, a juventude a torar-se cliente do BB. Mas o projeto anticultura não entendeu o espírito da coisa.
Wellington Farias
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