O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa nesta quinta-feira (22) o julgamento de uma das 16 ações em tramitação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Corte por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022.
E na reta final antes do julgamento, o ex-presidente tem feito uma ofensiva para ganhar tempo ou pelo menos garantir dois votos a seu favor , e reforçar o discurso de vítima de perseguição.
Bolsonaro nutre a expectativa de que seu indicado, Nunes Marques, peça vista e adie por quase 90 dias o julgamento, o que a maioria dos ministros não acredita que vá acontecer.
Nos últimos dias, Bolsonaro e aliados têm mandado recados para Nunes Marques, cobrando que ele tenha um posicionamento favorável ao ex-presidente.
Bolsonaro e o ministro do TSE estão vivendo um momento de distanciamento. Por isso, entre apoiadores do ex-presidente, a avaliação é que Nunes Marques pode acabar não pedindo vista no julgamento que começa nesta quinta.
A pressão está sendo feita também pelas redes sociais, nas quais aliados de Bolsonaro fazem ameaças veladas ao primeiro ministro indicado por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A equipe do ex-presidente avalia que ele será condenado pelo tribunal, mas busca garantir pelo menos dois votos para seu lado: além de Nunes Marques, o do ministro Raul Araújo, para tentar passar a imagem de que ele foi vítima de perseguição política.
Os cinco demais ministros do tribunal, segundo a equipe de Bolsonaro, devem votar contra ele. O ministro Raul Araújo chegou a votar a favor do ex-presidente em casos no TSE durante a eleição do ano passado.
Porém, avaliam que isso não significa a garantia de que possa, neste julgamento, repetir esses votos. Dentro do Judiciário, há duas apostas de placar: 6 a 1 ou 7 a 0.
Acompanhe ao vivo:
G1