Embora não se tenha pesquisa eleitoral – com embasamento científico – sobre o impacto da anunciada aliança entre o Progressistas, de Cícero Lucena, e o Cidadania, de João Azevêdo, é razoável supor que, no estágio atual das pré-campanhas, Lucena é o melhor posicionado, sobretudo, depois do reforço desta união.
A pré-candidata do PV Edilma Feire, concunhada de Luciano Cartaxo, não dá sinais de vida eleitoral; o grupo comandado pelo ex-governador Ricardo Coutinho ainda não definiu pré-candidatura; a pré-candidatura de Nilvan Ferreira, do MDB, aparenta estar em acelerado processo de desaquecimento.
Discurso
Cícero Lucena no estágio atual da pré-campanha se faz grande não apenas pelo reforço importante que recebeu de João Azevêdo, como também pelo seu histórico de homem público, os relevantes cargos que assumiu nos planos Federal, Estadual e Municipal.
O que João Pessoa espera de Cícero a partir de agora é um arrojado projeto de gestão à altura de uma Capital que caminha para um milhão de habitantes. Principalmente, um plano de ação destinado a enfrentar os efeitos de uma pandemia que não tem dia para terminar.
Mesmice
O que se ouviu tanto de Cícero Lucena quanto de João Azevêdo na live em que foi anunciada a aliança entre os respectivos partidos não passou de uma troca de rasgação de seda e mesmices.
A partir de agora Cícero Lucena necessariamente terá que apresentar pelo menos um esboço de projeto de gestão para João Pessoa; coisas concretas; ações capazes de promover a melhoria da cidade sob os mais variados aspectos. Não basta dizer que vai promover mobilidade urbana, porque todos prometem a mesma coisa. É preciso dizer com clareza em que termos se darão essa tal mobilidade.
Cícero precisa dizer, também, quais são, de fato, as suas ideias para João Pessoa. Se possível, desenhando para que as pessoas entendam com clareza. Afinal de contas, não basta dizer que tem experiência, que já foi prefeito, que já foi governador; que já foi ministro e senador, pois, tudo isso o povo já sabe.
O que o pessoense quer saber é o que o novo Cícero tem a propor para a Capital.
Laboratório do mal
Um dado que demonstra a grandeza de Cícero neste processo pré-eleitoral foi a pressa com que seus adversários instalaram e começaram a operar os famosos laboratórios do mal, muito comum em campanhas eleitorais. Por laboratório do mal se entenda, grupo de profissionais que vão desde articulistas, marketeiros e espalhadores de fofoca habilitados para vasculhar a vida dos adversários, inventar notícias falsas, hoje chamadas fake news, boa parte delas forjadas para destruir reputações.
O que não se sabe ainda é qual a repercussão que poderá ter a produção destes laboratórios no âmbito do eleitorado. Afinal, praticamente todos os políticos paraibanos mais cacifados para uma disputa estão de alguma forma com a imagem avariada.
O novo
O comunicador Nilvan Ferreira precisa mudar urgente o seu discurso. Essa história de que os adversários são figuras carimbadas e que representam o passado não cola de jeito nenhum. Sobretudo, considerando que nada é mais antigo na política e dado aos seus maus costumes que o velho MDB, um partido de coronéis, conhecido pelas famosas negociatas e o dado à deplorável prática do toma lá dá cá.
Expectativa
Depois da anunciada aliança de João Azevêdo com Cícero Lucena, todas as expectativas se voltam para as movimentações do PSB, leia-se: Ricardo Vieira Coutinho. Nas últimas horas, tem-se falado até que RC e Luciano Cartaxo podem sentar na mesa do entendimento.
Nesta segunda-feira, Cartaxo deu declarações que sempre esteve aberto ao diálogo, inclusive, com o PSB.
Pelo menos até o fechamento desta coluna, nem Ricardo e nem o PSB haviam se manifestado a respeito.
Secom
