CORTES: manutenção da vice prefeitura de JP e pagamento da folha prejudicados para 2017
A administração municipal em João Pessoa segue dividida entre duas realidades, uma relacionada a suspeita de desvios milionários nas obras a Lagoa do Parque Solon de Lucena, seguida da suposta cobrança de uma taxa de extorsão e outra referente à falta de dinheiro para manutenção da vice prefeitura e do pagamento da folha de pessoal para 2017.
Esse segunda realidade veio à tona esta semana, quando o representante da vice prefeitura compareceu à Câmara, Carlos Cleyton, e explicou a situação do órgão.
“O gabinete está impossibilitado de exercer qualquer outra função. A Vice-Prefeitura hoje vem sobrevivendo precariamente, temos cerca de R$ 100 mil para distribuir para tudo. Há quase um ano não recebemos itens de papelaria. Café e água, por exemplo, o vice-prefeito tem que providenciar do seu próprio bolso, porque não recebe dinheiro para isso. Quando Nonato Bandeira assumiu o posto, teve que providenciar uma sala, porque o local que seria destinado à Vice-Prefeitura estava sendo ocupado por outra unidade. É tudo muito difícil”, relatou.
Segundo Cleyton, desde 2014 a gestão Cartaxo vem cortando verbas, apesar do ex-prefeito Luciano Agra ter deixado um orçamento expressivo para o gabinete do vice.
“O ex-prefeito Luciano Agra deixou um orçamento de quase R$ 3 milhões para o Gabinete do Vice-Prefeito funcionar, com ações e programas previstos, mas em 2014 esse orçamento foi reduzido para R$ 2 milhões, no ano passado foi reduzido para R$ 1 milhão, e nesse ano não reduziram mais porque, se isso ocorresse, não daria nem para pagar a folha de pessoal”, desabafou.
Durante essa semana a Câmara Municipal de João Pessoa realiza as audiências públicas que discutem a Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2017 como faz todos os anos e a instabilidade na unidade gerida pelo vice é um dos problemas que foi trazido ao debate. Até a agora a prefeitura não se pronunciou sobre o caso.
PB Agora