O ex-candidato a prefeito de João Pessoa pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Pablo Honorato, declarou nesta segunda-feira (9) através de publicação em suas redes sociais, que apoiará a candidatura da Unidade Popular, encabeçada pelo jornalista Rafael Freire.
Vale ressaltar que o PSOL tem candidatura própria em João Pessoa com Ítalo Guedes.
Confira o texto completo publicado nas redes sociais:
A eleição tá chegando (já é domingo que vem!) e com ela a necessidade de se posicionar efetivamente na disputa política. Tenho seguido a tradição de tomar partido publicamente, porque algumas pessoas se interessam em construir posições políticas coletivamente. Então, vamos lá.
Eu, particularmente, com todos os erros e acertos que tive na vida, construí uma identidade com os valores da esquerda. Olho pra minha realidade, minha história, a história da minha mãe, do meu pai, da família toda, dos meus amigos, e vejo o que é muito óbvio: somos trabalhadores, não somos ricos, vivemos da nossa força de trabalho.
É justamente por isso que sigo acreditando nos ideais socialistas, na distribuição da renda, na democracia, nos direitos humanos, no meio ambiente e na ideia de que a dignidade humana deve ser colocada acima do capital.
Talvez o caminho mais fácil fosse apenas aderir àqueles projetos que já se encontram com o poder na mão, como aliás tenho visto caminharem muitos. Mas, sinceramente, não é isso o que quero fazer. A gente precisa se orgulhar do que fez na vida!
Dentre os projetos de esquerda, posso dizer que uns são mais democráticos, outros menos, mas as pessoas que estão aí lutando de braços dados com os movimentos sociais estão na luta pra que o dinheiro não submeta a vida das pessoas.
Por isso é que, nessas eleições, quem vai de Unidade Popular, de PSOL, de PSB, de PT, de PC do B, de PSTU, de PCO, de Rede, seguirá tendo meu profundo respeito.
Claro, estamos todos muito cientes das profundas deficiências que os partidos de um modo geral (os de direita e também os de esquerda) apresentam na forma como lidam com conflitos de interesse, no dia a dia. Os conflitos de interesses, aliás, é que fazem com que essas esquerdas todas, plurais, não façam as concessões necessárias e não se unam em torno de um projeto coletivo, representativo do povo e chegue, assim, minimamente fortalecido pra lidar com o fascismo. Todos nós sabemos que uma aliança do campo progressista seria o melhor caminho pra se confrontar aqueles que estão na liderança das pesquisas eleitorais.
De qualquer modo, quero aqui registrar que, no próximo domingo, terei o orgulho de estar votando num grande lutador das causas populares: meu amigo Rafael Freire, candidato a prefeito pela Unidade Popular.
Tenho acompanhado sua dedicação profunda junto ao sindicato dos jornalistas. Aliás desde antes, quando éramos alunos do CEFET e vizinhos de bairro (Jaguaribe). Sei que seu esforço é sincero e não se restringe a essas eleições. Tenho visto sua coerência em muitos outros momentos.
Posso dizer que é um cara que está fazendo campanha na raça, passando de porta em porta, sem espaço igualitário nos debates e no guia eleitoral, sem grandes fundos partidários. Por outro lado, suas contribuições são muito valiosas e ricas. Cada palavra sua reflete uma luta social que respeito muito. Eis aí um sujeito que reconheço como alguém profundamente ético, um parceiro valioso das grandes causas por que vale a pena lutar nessa vida.
Rafael foi um dos principais colaboradores do jornal “A Verdade” e sempre foi um formador de militantes políticos altamente aguerridos.
Tenho acompanhado com admiração a sua seriedade, desde quando tínhamos 16 anos e lutávamos juntos contra o aumento das passagens, enquanto o Cícero Lucena mandava a polícia bater em estudantes como a gente e o Nilvan já os retratava na imprensa como desocupados, legitimando com seu discurso cada pancada.
Eu não vim pra essa vida a passeio. Não são projetos como esse que eu estou a fim de fortalecer.
Votarei certamente em quem tem um compromisso de classe verdadeiro e honesto. Rafael pra prefeito e pra vereador, vou de Escurinho, outro bom camarada, porque a cultura realmente precisa de um representante à sua altura na Câmara!
Como diria o Chapolin Colorado: “sigam-me os bons”.
PB Agora