O presidente do diretório do Partido dos Trabalhadores na Paraíba (PT-PB), Jackson Macedo, criticou duramente a Operação Lava Jato após a segunda condenação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Na tarde desta quarta-feira (6), Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo em que o petista é investigado por reformas no sítio Santa Bárbara, em Atibaia.
O presidente do PT na Paraíba confessou não estar surpreso com a condenação e acrescentou que a Lava Jato é uma operação política. "O PT ficaria surpreso de Lula fosse absolvido. A Operação Lava Jato não tem a menor condição de julgar o presidente Lula. É uma operação extremamente política e a prova disso é que o chefe da Operação Lava Jato no Brasil foi indicado para o Governo", afirmou Jackson sobre o fato do juiz Sérgio Moro, antigo responsável pela Lava Jato, atuar agora como ministro da Gestão Bolsonaro.
O petista disse que a condenação do ex-presidente não foi fundamentada em provas concretas. "São apenas delações de delatores que fazem um primeiro depoimento e para não ficarer preso, mudam o depoimento e incriminam o presidente Lula", declarou Macêdo.
Jackson disse não criar expectativas de que o ex-presidente Lula venha a ser libertado. "Existe um movimentado orquestrado com parte do Judiciário, do Congresso Nacional e do Executivo de manter Lula preso. Não ha interesse do governo atual em Lula estar solto", argumentou o presidente do diretório estadual, acrescentando que "Lula solto, rodando o Brasil, fazendo atividade politica, seria um perigo para Bolsonaro e para Operação Lava Jato. Pra eles, é muito mais cômodo manter Lula preso, finalizou.
CONDENAÇÃO
A condenação, proferida pela juíza federal Gabriela Hardt, que substitui o juiz Sérgio Moro, sentencia que Lula foi supostamente receber cerca de R$ 1 milhão relativos a propinas por reformas no imóvel, que está em nome de Fernando Bittar, filho do amigo de Lula e ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar.
Atualmente Lula está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, desde abril do ano passado, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá, em São Paulo. Ele cumpre a pena de 12 anos e um mês proferida pelo ex-juiz Sérgio Moro.
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