O prefeito Bruno Cunha Lima reuniu a imprensa campinense no final da manhã desta quarta-feira, 15, para apresentar as ações que estão sendo desenvolvidas pela Prefeitura de Campina Grande para solucionar, a curto e médio prazos, problemas com a estrutura de mais de 70 anos do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), que é a maior maternidade da Paraíba.
Bruno apresentou o projeto de construção do novo Hospital Materno Infantil, que seria conjugado ao novo Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), na Avenida Floriano Peixoto. O projeto do HMI prevê a construção de enfermarias, ambulatórios, centro cirúrgico, UTI neonatal e UTI materna, além de setores inerentes às estruturas hospitalares.
“A ideia é construir o hospital junto ao HCA, tornando-se uma referência em pediatria, obstetrícia, neonatologia e saúde da mulher. Com um equipamento completamente novo, teremos condições de dar atendimento e assistência dentro de uma estrutura padrão com o que existe de mais moderno na arquitetura hospitalar e dentro das exigências técnicas de um hospital na atualidade”, disse o prefeito.
O projeto, que já foi apresentado ao Ministério Público da Paraíba, foi elaborado após a primeira ocorrência de um desabastecimento elétrico no ISEA em janeiro. “Em dez dias, nossas equipes fizeram uma força-tarefa para apresentar essa proposta de solução definitiva. Pois o ISEA é uma maternidade que foi construída há mais de 70 anos, para a realidade da época, e por mais que façamos melhorias, a estrutura não comporta mais o serviço”, esclareceu.
Nos primeiros 45 dias de 2023, a maternidade realizou mais de 2 mil atendimentos, sendo mais de 40% de residentes de outros municípios. O ISEA é pactuado com 171 cidades paraibanas, sendo referência em gestação de alto risco para todo o estado, e realiza mais de 7 mil partos por ano.
“É uma discussão que envolve toda a Paraíba, por isso deve ser uma construção coletiva. Tenho a mais absoluta certeza do nosso compromisso, do nosso comprometimento para darmos a solução a um problema de mais de sete décadas que é de toda a Paraíba. Irei a Brasília convidar toda a bancada federal e as entidades para nós fazermos um esforço coletivo, afinal de contas essa solução perene vai durar pelas próximas gerações”, disse Bruno.
Em ritmo emergencial, solução imediata
A curto prazo, o prefeito Bruno explicou que decretou estado de emergência pela situação do ISEA a fim de contratar mais rapidamente uma empresa para executar toda a reformulação da rede elétrica da maternidade, o que custará em torno de R$ 2 milhões e deve ser iniciado em março. A estrutura tem mais de 5 mil metros quadrados de área construída e a operação é considerada complexa.
Paralelamente, uma ala do Hospital Municipal Dr. Edgley foi preparada para receber gestantes internas, caso seja necessário durante o processo de requalificação da rede elétrica da maternidade. O prefeito também anunciou que o Hospital HELP poderá servir como retaguarda de internação da maternidade durante a obra na rede elétrica.
Pediatria no Hospital Pedro I
O prefeito de Campina Grande também aproveitou a ocasião para anunciar que vai abrir uma ala pediátrica no Hospital Municipal Pedro I. O objetivo: dar suporte de atendimento ao público do HCA enquanto o novo hospital é construído. O Pedro I, referência no atendimento de pacientes com COVID-19, está passando por completa reestruturação, ganhou ala ortopédica, nova UTI e o centro cirúrgico está passando por reforma.
Prestigiaram a coletiva o deputado estadual Tovar Correia Lima, o presidente da Câmara, Marinaldo Cardoso, vereadores, secretários e lideranças.
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