A pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje (27.mar.2014) indica que a presidente Dilma Rousseff tem no momento uma aprovação para o seu governo igual ou no mesmo patamar do que teve Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2006, também um ano eleitoral em que o ocupante do Planalto buscava mais um mandato.Segundo o Ibope, Dilma tem 36% de aprovação para o seu governo (os que respondem que sua administração é boa ou o ótima). Outros 36% consideram o comando dilmista regular. E 27% cravaram que é ruim ou péssimo.
Nesta mesma época e na mesma pesquisa em março de 2006, os percentuais do governo de Lula eram 38% de ótimo ou bom, 39% de regular e 22% de ruim ou péssimo. Naquela época, o petista ainda sentia os efeitos do escândalo do mensalão, surgido em 2005.
Esses números todos podem ser vistos na página de pesquisas deste site, que tem a maior compilação de levantamentos de intenção de voto e de popularidade presidencial da internet brasileira.A margem de erro usada na pesquisa CNI/Ibope é de dois pontos percentuais. A rigor, portanto, Dilma está hoje na mesma faixa de aprovação de Lula em 2006 –embora o antecessor numericamente aparecesse à frente em pontos percentuais. Mas no grupo que rejeita o governo, Dilma está de fato pior do que seu padrinho político –ela tem 27% de ruim e péssimo e Lula registrava 22% há 8 anos.
O que essas informações históricas indicam? Em primeiro lugar, que as taxas de aprovação do governo de Dilma Rousseff ainda são suficientes para dar a ela uma vitória na eleição de outubro. Lula (em março de 2006) e Fernando Henrique Cardoso (em março de 1998) partiram de percentuais parecidos e foram reeleitos.Como se observa, Dilma está muito próxima aos percentuais de Lula-2006 e de FHC-1998 neste mesmo período. É um equívoco considerar o resultado catastrófico para a petista a partir dos números de hoje –ela tem tempo e meios para ensaiar uma recuperação.
Mas o sinal amarelo de fato se acende para Dilma quando se observa a taxa dos que acham sua administração ruim ou péssima. Os 27% da petista se aproximam dos 29% que FHC teve em 2002 –ano em que o PSDB fracassou com a candidatura de José Serra. É com isso que os marqueteiros palacianos têm de se preocupar: como reverter a antipatia crescente dos eleitores em relação à presidente da República.
UOL
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