Categorias: Política

Aquiles Leal responde a 42 processos no TJ

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Nomeado para o cargo de superintende do Instituto de Desenvolvimento Estadual e Municipal (IDEME) do governo Maranhão III, o ex-prefeito de Mulungu, Achilles Leal, possui uma ficha na Justiça paraibana de fazer inveja a qualquer gestor. Oficializado no cargo dez dias depois do governador Maranhão (PMDB) assumir o governo, Achilles Leal responde simplesmente a 42 processos no Tribunal de Justiça da Paraíba, sendo a maioria deles sob acusação de improbidade administrativa.

Entre os processos, ações de reparação de danos movidas pela prefeitura de Mulungu em busca de ressarcimento de recursos supostamente desviados. Prefeito da cidade de 2000 a 2004, Achilles Leal foi acionado, por exemplo, para devolver aos cofres públicos do município, uma pequena cidade no interior paraibano, o valor de R$ 1,4 milhão, conforme ação de número 05220060003507, que corre no Tribunal de Justiça.

Contra o atual presidente do IDEME, neste caso, pesava as acusações de atraso nos salários dos servidores, inadimplência junto a fornecedores e impossibilidade de assumir convênios federais em face da inscrição de Mulungu nos registros do Cadim (Cadastro Informativo de Crédito Não Quitados do Setor Público Federal) e do Siaf (Sistema Integrado de Administração Financeira).

“A situação era tão caótica que nós não tivemos como não pedir ações de reparação de danos dado o número de prejuízos causados contra o município”, destacou o advogado Abelardo Jurema Neto, que atuou na época em favor da prefeitura de Mulungu.

Cunhado do senador Roberto Cavalcanti (PRB), Achilles Leal responde ainda por crime de responsabilidade em ações movidas pelo Ministério Público e aparece como indiciado em diversas ações penais e crimes contra o patrimônio, a exemplo do processo de número 05219990000250, que corre no Tribunal de Justiça, em que o ex-prefeito aparece indiciado junto com o filho, Clovis Leal, ex-presidente da Câmara de Mulungu.

Devido a tantos problemas na Justiça e a reprovação de contas no Tribunal de Contas do Estado, Achilles Leal foi impedido de disputar a eleição de 2008 e respondeu a processos de impugnação do registro de candidatura, sendo substituído pelo filho Clóvis Leal, que perdeu a eleição por quase 600 votos para Zé Leonel, prefeito reeleito.

O Ideme é um órgão da administração indireta responsável por pesquisas econômicas e sociais sobre o Estado. Achilles já esteve à frente do órgão em 1998 e, como mencionou em seu discurso de posse, já está familiarizado com a casa, com os trabalhos e com a equipe.


PB Agora

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