Ao analisar a recente pesquisa do Ibope divulgada ontem (3) onde mostra que a maioria dos brasileiros rejeita a flexibilização no acesso a armas de fogo, objeto de três decretos do presidente Jair Bolsonaro, a deputada estadual Cida Ramos (PSB) rebateu o posicionamento favorável à flexibilização do deputado federal e presidente o PSL paraibano Julian Lemos. “Essa pesquisa é uma reposta do povo a esse absurdo que é esse projeto de armar o Brasil”, disse Cida.
Para a deputada socialista essa pesquisa é um reflexo, do quão o atual governo federal está distante dos anseios da população. “O povo brasileiro quer é uma resposta para os 13 milhões de desempregados. O povo está querendo ver como o Brasil vai sair dessa crise financeira que todos nós estamos mergulhados. As pessoas não querem armamento não! Eu vejo essa pesquisa como reflexo do que a população está querendo que é a geração de empregos. Se é para todo mundo se armar para que a polícia? Essa pesquisa é uma reposta do povo a esse absurdo que é esse projeto de armar o Brasil”, disse.
Ela rebateu a posição dada ontem pelo presidente o PSL paraibano Julian Lemos quando questionado como avalia a recente pesquisa. “Esse tipo de pesquisa não transmite a realidade da vontade do povo brasileiro. Isso é uma falácia eu desacredito nela totalmente. Até porque o Ibope todos nós brasileiros já conhecemos. Depende de onde foi feito essa pesquisa, talvez tenha sido feita na porta de um presídio, porque dizer que o povo brasileiro discorda do armamento na mão da sociedade é uma grande falácia, não foi isso que disse o referendo feito a mais de uma década, onde 65% da sociedade naquela época referendou”, disse Julian.
Segundo o levantamento, publicado pelo jornal O Globo, a maior resistência se dá ao porte de armas: 73% dos entrevistados são contrários à possibilidade de o cidadão comum carregar arma de fogo nas ruas. Apenas 26% apoiam a medida (1% não opinou).
Já a facilitação das regras para ter uma arma dentro de casa ou do trabalho é repudiada por 61%. Outros 37% apoiam as mudanças (2% não opinaram). A pesquisa foi realizada entre 16 e 19 de março, antes de dois decretos editados pelo governo com foco no porte de armas.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. Segundo o instituto, o apoio às medidas do governo varia conforme a região do país, o sexo dos entrevistados e a cidade onde vivem. Nas regiões metropolitanas, por exemplo, a adesão ao armamento é menor do que a registrada nos municípios do interior.
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Redação
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