O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, disse na última quinta-feira, 17, que o tribunal vai apurar o suposto esquema de corrupção em Brasília, se o Ministério Público levar à Justiça Eleitoral as denúncias contra integrantes do governo do Distrito Federal que não tenham declarado integralmente os gastos feitos na campanha de 2006.
Durante a cerimônia de posse do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, como ministro substituto do TSE, Britto disse à Agência Brasil que o TSE tem evitado falar sobre o episódio Operação Caixa de Pandora por acreditar que ele ainda vá se tornar um caso concreto, tendo que ser julgado pelo tribunal. Por isso, os ministros se veem impedidos de antecipar julgamentos.
Ainda segundo Britto, por maiores que sejam as evidências de que possa ter havido crime eleitoral, o TSE só pode apurar as denúncias quando provocado. “Nos cabe ficar de prontidão, de vigília, mas, neste caso, não podemos fazer nada senão aguardar que o Ministério Público nos provoque. Cabe ao Ministério Público bater às portas da Justiça Eleitoral com uma representação, nos trazendo dados que nos permitam abrir formalmente um processo”.
Entre os políticos citados pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, como beneficiários do esquema de corrupção investigado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pela Polícia Federal (PF), em Brasília, ao menos um deputado distrital já admitiu publicamente ter sonegado informações sobre seus gastos de campanha.
Gravado guardando dinheiro em suas “vestimentas”, o presidente licenciado da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o deputado Leonardo Prudente (DEM), revelou não ter declarado à Justiça Eleitoral a quantia recebida para financiar parte dos gastos de sua campanha.
Com informações da Agência Brasil