Parlamentares do PSDB na Câmara dos Deputados pressionam a cúpula da legenda para decidir na terça-feira (6/6), primeiro dia do julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a saída do partido da base aliada. Entre os parlamentares defensores está o Deputado Federal Pedro Cunha Lima que disse, recente entrevista que defende a saída do PSDB da base do governo de Michel Temer. Pedro ainda acrescentou que defende o nome do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso em uma possível eleição indireta.
A proposta vem dos “cabeças pretas”, ala mais jovem da bancada, mas também tem o apoio de deputados mais experientes, que avaliam não haver mais condição de a legenda continuar apoiando o governo, independentemente do resultado final do julgamento do TSE. A ideia é que o PSDB não espere a decisão da Corte para se posicionar.
De acordo com cálculos de tucanos, dos 46 deputados do partido, 27 são a favor de a legenda abandonar a base aliada de Temer e 12 estariam indecisos. Outros sete são contrários. Os deputados que rejeitam a permanência no governo articulam uma votação na bancada para tratar do tema logo após a leitura do parecer do ministro Herman Benjamin, relator da ação na corte eleitoral. O grupo quer também buscar o apoio de senadores – cinco dos 11 teriam sinalizado ser a favor da saída. Além da votação, eles pressionam para que os ministros tucanos entreguem seus cargos.
Cunha Lima disse que a decisão partiu após uma reunião com presidente nacional interino do PSDB, Tasso Jereissati, e diz que dentro da bancada tucana é quase que unanimidade a ideia de que o governo de Michel Temer não têm mais condições de continuar.
“Existe uma unanimidade que o governo acabou que a agenda que o Brasil precisa não tem condições de ser tocada pelo atual presidente. É o Brasil que está em jogo. Não se pode ignorar as consequências de uma realidade como essa que vivemos. Estamos propondo alternativas, já que toda decisão envolve riscos, e o que importa é que o Brasil passa por um momento delicado”, declarou Cunha Lima.
Quanto a indicação do nome de FHC para uma eleição indireta Pedro foi taxativo. “Sou suspeito para falar do ex-presidente, até porque somos filiados ao mesmo partido, e numa possível escolha por eleição indireta seria um bom nome”, assinalou Pedro Cunha Lima.
PB Agora