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Bancários fazem protesto e retardam abertura de agências

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Bancários fazem protesto e retardam abertura de agências do Itaú Unibanco nesta quinta-feira

Demissões, PLR menor, precárias condições de trabalho, problemas com o
convênio médico e limitação das bolsas de estudos. Essas são apenas algumas
das conseqüências da fusão entre Itaú e Unibanco que estão prejudicando os
bancários, que realizarão um Dia Nacional de Luta nesta quinta-feira, 25 de
março.

Aqui em João Pessoa, além do protesto, sob o comando da diretoria do
Sindicato dos Bancários da Paraíba, os bancários vão retardar a abertura do
expediente ao público, das 10h às 11h, na Agência do Itaú, na Rua Duque de
Caxias, e na Agência 30 Horas do Unibanco, na Avenida Epitácio Pessoa.

Entre os banqueiros, só alegria. Para os funcionários, frustração. A fusão
trouxe muitos benefícios para as duas empresas e seus altos executivos. O
lucro líquido ajustado do banco subiu de R$ 17 bilhões em 2008 para R$ 35
bilhões em 2009. Da mesma forma, os dividendos dos acionistas aumentaram de
25% para 33% do lucro, e a PLR dos altos executivos passou de R$ 121 milhões
para R$ 225 milhões.

Para os funcionários, que esperavam ver seu trabalho valorizado, restou a
frustração. Os bancos não cumpriram a palavra dada por seus presidentes,
Roberto Setúbal e Paulo Moreira Salles, no início do processo, de que não
haveria demissões. Estudo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf-CUT) e do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Sócioeconômicos (Dieese) feito com o balanço do banco mostra que o
Itaú Unibanco fechou 7.176 postos de trabalho entre 2008 e 2009.

Aqui em João Pessoa, por exemplo, o Itaú demitiu uma funcionária que estava
com tempo de requerer sua aposentadoria, em desrespeito à legislação
trabalhista que assegura a estabilidade ao empregado nessa situação,
enfatizou Marcélio Lima, diretor do Sindicato dos Bancários da Paraíba e
funcionário do banco.

A diminuição no quadro aumenta a sobrecarga de trabalho dos bancários, que
estão sofrendo com a deterioração das condições de trabalho. A situação é
agravada pela falta de valorização salarial, que era esperada pelos
bancários, bem como pela recusa do banco em discutir a criação de um Plano
de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) justo, conforme reivindicação da
categoria na campanha salarial do ano passado.

Outra questão importante são os problemas com os convênios médicos, Fundação
Itaú e Unimed, inclusive com a rede credenciada e demora no atendimento
pelas operadoras. As bolsas de estudos também geram descontentamento entre
os funcionários, pois são limitadas e não contemplam os cursos de
pós-graduação. É preciso romper com a burocracia para obtê-la, já que todos
os anos os bancários são submetidos a uma nova inscrição.

Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, denuncia
que para piorar ainda mais a situação dos funcionários, depois de vários
anos o Itaú Unibanco se negou a pagar a PLR cheia para todos, alcançando o
teto de 2,2 salários, limitado a R$ 14.696. O banco insiste com o pagamento
no teto apenas para 46% dos trabalhadores, que estão na faixa salarial de
até R$ 2.836. É também por conta dessa insatisfação que os bancários estão
protestando, ressaltou.

A megaempresa resultante da fusão entre dois bancos desse porte não pode
beneficiar apenas seus acionistas, mas gerar resultados positivos também
para funcionários e clientes. Vamos buscar na luta melhores condições de
trabalho, a valorização dos funcionários e uma distribuição justa dos lucros
e resultados para todos, concluiu.

Assessoria

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