Apesar das votações expressivas obtidas nas eleições de 2022, em entrevistas à imprensa paraibana no dia de ontem (26), tanto o ex-candidato ao Governo do Estado e ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) e o ex-candidato ao Senado o pastor Sérgio Queiroz (PRTB), adiaram seus retornos ao cenário político paraibano, para pós-2024.
Pedro que obteve 1.104.963 votos nas eleições de 2022, que correspondem a 47,49% da votação para o cargo de governador. Ele foi o mais votado em 53 municípios paraibanos, jogou para 2026 a perspectiva de retornar ao cenário político local, descartando a hipótese de concorrer à prefeitura de João Pessoa em 2024. Ele manifestou apoio ao deputado federal Ruy Carneiro, que cogita voltar a ser candidato a prefeito, justificando tratar-se de um grande parceiro e explicando que se sente representado por ele numa eventual candidatura. Como em Campina Grande o compromisso do “clã” Cunha Lima é com vistas a apoiar a reeleição do prefeito Bruno (ainda no PSD), Pedro fica de fora da disputa nos dois maiores colégios eleitorais do Estado, ainda que participe ativamente da campanha, com seu prestígio junto a segmentos do eleitorado.
Ainda na sua entrevista, Pedro Cunha Lima admitiu votar no senador Efraim Filho, do União Brasil, para o governo do Estado em 2026, caso ele decida se candidatar. O argumento foi o mesmo utilizado em relação ao deputado Ruy Carneiro: “Posso não disputar e me sentir representado por Efraim”. Os dos fizeram dobradinha afinada na campanha de 2022, que se consolidou a partir do momento em que Efraim Filho, então deputado federal, rompeu com a base política do governador João Azevêdo (PSB) por não vislumbrar receptividade à sua pretensão de concorrer ao Senado e abraçou incondicionalmente a candidatura de Pedro pela oposição, numa reviravolta espetacular que teve reflexos no próprio rumo da campanha. A votação expressiva obtida por Pedro em João Pessoa no segundo turno o credenciou como alternativa à prefeitura da Capital, e ele admite ter recebido estímulos nesse sentido. Mas, ao que parece, a hipótese não chegou a ser considerada seriamente, diante da emergência de outros cenários.
Assim também Sérgio Queiroz que foi o quarto colocado da disputa para o Senado, com 233.849 votos, o que equivale a 11,67% dos votos válidos, mas que teve como principal força o seu bom desempenho na capital paraibana. Em João Pessoa, Sérgio foi o mais votado na disputa ao Senado, também adiou seu retorno a vida pública. “Minhas prioridades são outras”, disse Sérgio Queiroz após aceno político de Cícero Lucena.
O presidente da Fundação Cidade Viva, Sérgio Queiroz, quebrou o silêncio, na tarde desta quarta-feira (26), após ter seu nome lembrado pelo prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), como possível aliado nas eleições do próximo ano. Mais cedo, o gestor pessoense afirmou que o religioso seria muito “bem-vindo” ao seu projeto político.
Por meio de sua rede social, o pastor, afirmou que “no momento” tem outras prioridades. “Agradeço a lembrança e a consideração de políticos que me querem ao seu lado nas próximas eleições, mas minhas prioridades no momento são outras, que nem partidos, nem gestão públicas, por mais importantes que sejam, podem resolver”, disse hoje após ter seu nome citado pelo prefeito Cícero. Procurador da Fazenda Nacional e ex-integrante do governo Bolsonaro, Sérgio Queiroz. “Há tempo de Deus para tudo debaixo do sol”, parafraseando um trecho do livro bíblico de Eclesiastes.
Da Redação