O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou à sede da Polícia Federal, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (26), para depor no inquérito que investiga quem são os autores intelectuais dos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. A oitiva foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, para quem o depoimento é “medida indispensável ao completo esclarecimento dos fatos investigados”. A decisão atendeu a pedido apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Bolsonaro foi incluído no inquérito por ter compartilhado, dois dias após os atos antidemocráticos, um vídeo que sugeriu, sem apresentar provas, que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi fraudada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Esta é a segunda vez que o ex-presidente é ouvido pelos investigadores desde que retornou ao Brasil após uma temporada de quase três meses nos Estados Unidos. O primeiro depoimento foi dado no dia dia 5 de abril, no âmbito da apuração sobre o escândalo das joias sauditas, revelado pelo jornal “Estado de S. Paulo”.
Ao prestar depoimento, Bolsonaro precisará explicar, além da postagem compartilhada por ele, a sua eventual participação na produção da chamada “minuta do golpe”, documento encontrado na casa do ex-ministro da Justiça de seu governo Anderson Torres. O material foi apreendido pela PF durante as investigações após os atos golpistas. Pelo texto, um estado de defesa poderia ser instituído, a fim de alterar o resultado das eleições presidenciais do ano passado.
O ex-presidente também deverá ser questionado sobre sua inação a respeito dos acampamentos golpistas montados em frente a sedes de quartéis-generais do Exército em várias cidades brasileiras. Em Brasília, o acampamento é apontado como base para os radicais que participaram dos ataques de 8 de janeiro. Pessoas que estavam no local acabaram presas no dia seguinte.
A expectativa é que Bolsonaro também tenha que explicar o porquê de ter ido embora do Brasil no dia 30 de dezembro, dias antes das invasões golpistas nas sedes do Supremo, do Congresso e da Presidência da República. O ex-presidente ficou nos Estados Unidos até o dia 30 de março, quando retornou ao país.
Ainda sobre o período em que esteve fora do Brasil, é possível que o ex-presidente tenha que apresentar informações sobre quais contatos manteve durante este tempo.
Extra
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