O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou a primeira noite internado no Hospital Vila Nova Star, na Vila Nova Conceição, na Zona Sul de São Paulo. Ele foi transferido de Brasília para São Paulo na noite de quarta-feira (14) após apresentar um quadro de obstrução intestinal.
Após a realização de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, a equipe médica que cuida do presidente, coordenada pelo cirurgião gástrico Antonio Luiz Macedo, definiu que ele receberá um “tratamento clínico conservador”, descartando a necessidade de uma cirurgia de emergência inicial. Ele vai permanecer internado e não há previsão de alta.
“O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, foi transferido na noite desta quarta-feira para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após passar por uma avaliação no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, e ser diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal. Após avaliações clínica, laboratoriais e de imagem realizadas, o Presidente permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador”, diz a nota divulgada pelo hospital.
Segundo o senador Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente, o presidente ficará em observação por três dias em São Paulo.
O presidente chegou a São Paulo às 18h54 de quarta-feira (14) em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista.
Às 19h38, estava no Hospital Vila Nova Star, onde atende o cirurgião gástrico Antonio Luiz Macedo, que cuida de Bolsonaro desde que sofreu uma facada na campanha eleitoral de 2018.
O médico viajou para Brasília para avaliar a saúde de Bolsonaro e decidiu trazê-lo para São Paulo para a realização de novos exames e avaliação da necessidade de uma cirurgia de emergência.
Na manhã de quarta, o presidente tinha sido internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, após sentir dores abdominais durante a madrugada. Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, Bolsonaro chegou a ser sedado durante a realização de exames.
Soluços persistentes
Por causa das dores, as reuniões de Bolsonaro marcadas para a manhã de quarta-feira (14) foram canceladas. O presidente vinha se queixando nos últimos dias de soluços persistentes. Ele chegou a falar sobre o problema em transmissões ao vivo na internet.
Por causa da facada de 2018, o presidente da República realizou quatro cirurgias em São Paulo, todas conduzidas pela equipe liderada por Antonio Luiz Macedo no Hospital Vila Nova Star, na capital paulista.
A última foi realizada em setembro de 2019, quando o presidente corrigiu uma hérnia (saliência de tecido) surgida no local das intervenções anteriores.
G1