Em entrevista a imprensa o vereador pessoense Marcos Henriques (PT) voltou a apontar ontem diversas falhas cometidas pelo governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus, principalmente no que se refere ao retardamento para a compra e distribuição das vacinas contra a covid-19, onde segundo o parlamentar o Brasil está com o Titanic depois de colidir com um iceberg. “O capitão, ou o presidente da República, não admite a colisão e agora não há botes salva-vidas para todos”, disse.
“Essas últimas semanas têm sido duras, de desesperança. Estamos chegando a três mil mortes diárias. O Brasil está como o Titanic depois de colidir com um iceberg. O capitão, ou o presidente da República, não admite a colisão e agora não há botes salva-vidas para todos, ou seja, não há vagas nos hospitais, em enfermarias e UTIs”, disse Marcos Henriques, lamenando ainda a morte por covid-19, no último dia 14, do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações da Paraíba (Sinttel-PB), Wallace Pereira, que não resistiu à doença, aguardando vaga em UTI.
Ao comentar sobre a resistência de certos setores da população as medidas de restrição e isolamento social, o vereador lembrou uma proposta de sua autoria que pede auxílio emergencial para bares e restaurantes da capital, Marcos Henriques defendeu o debate sobre a abertura de leitos de UTI, as restrições ao horário de funcionamento do comércio, isolamento social, fiscalizações e garantias à segurança financeira dos cidadãos que perderam emprego ou não podem trabalhar.
“É difícil debater o fechamento do comércio e demais restrições que estamos vivenciando porque as pessoas têm fome. Peço que os governos estendam a mão para o povo. Meu projeto que sugere auxílio emergencial para bares e restaurantes é em prol de que haja um capital de giro para pequenos empresários. Temos que repensar o destino do que nós arrecadamos. Temos que garantir que o máximo de pessoas consiga ficar em casa, mas com responsabilidade. Não podemos falar em distanciamento e deixar pessoas com fome, nem ‘brincar’ de que estamos fazendo distanciamento quando na realidade está acontecendo algo diferente”, disse o petista.
Redação