Em entrevista ao Portal Metropoles, publicada nesse final de semana, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral pediu desculpas ao ministro paraibano do Tribunal de Contas da União (TCU), Vitalzinho, após tê-lo delatado em 2019.
Na ocasião, Cabral disse que pagava mesada de R$ 100 mil aos ministros Vitalzinho; Bruno Dantas, atual presidente do TCU; e outro ministro não informado. Ele revelou que tinha sido induzido a mentir pelos agentes da Polícia Federal que estavam envolvidos no seu acordo de colaboração premiada.
“Absolutamente distorcido. Eu quero pedir desculpas ao Bruno Dantas e ao Vital do Rêgo, porque são duas pessoas queridas. O Bruno eu não tinha a menor intimidade, o Vital, por ser companheiro do PMDB, eu já havia conhecido. É mentira. Isso foi induzido por aqueles agentes da Polícia Federal que estavam envolvidos na minha colaboração. Isso era um desejo do Ministério Público Federal desde o início”, afirmou.
A delação de Cabral foi anulada pelo STF em maio de 2021. Na ocasião, a maioria dos ministros da Corte entendeu que a colaboração firmada pela PF deveria ter se submetido à anuência do Ministério Público.
O ex-governador foi condenado em mais de 20 processos por diferentes crimes, entre eles corrupção e caixa dois. As penas somam quase 400 anos. O político está em prisão domiciliar.