A Operação Calvário foi desencadeada em dezembro de 2018 com o objetivo de desarticular uma organização criminosa infiltrada na Cruz Vermelha Brasileira, filial do Rio Grande do Sul, além de outros órgãos governamentais. A operação teve sete fases, resultando no pedido de prisão preventiva do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que conseguiu um Habeas Corpus, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para responder em liberdade sobre o processo. Ao analisar os efeitos dessa operação o cientista político Augusto Teixeira, analisa a força da investigação sobre o grupo do PSB e o potencial candidato do partido, Ricardo Coutinho.
Caso Ricardo venha a ser candidato, Augusto afirma que o parlamentar poderá replicar o discurso e a dinâmica do PT nacional, colocando-se como vítima da situação, inclusive utilizando o fato como estratégia de campanha. “Isso é relevante, seja para a manutenção da integridade do candidato na disputa eleitoral, mas também como um elemento de defesa, já que se posta que ele seria inocente das acusações colocadas até o momento pelos delatores”.
Tal postura, conforme Teixeira, também seria útil para a conquista de potenciais aliados de esquerda, como o PT, PDT, PCdoB, etc.
Redação