Depois de ter sido presa e posteriormente solta por força de um Habeas Corpus, no âmbito da Operação Calvário – que investiga o desvio de mais de R$ 134 milhões dos cofres das Organizações Sociais da Saúde e da Educação da Paraíba na época em que a gestora era Secretária de Educação – a prefeita do município de Conde, Márcia Lucena (PSB) agora pode ser afastada do mandato. Isso porque a Câmara Municipal da cidade estaria se articulando para convocar uma sessão extraordinária e deliberar sobre o tema.
O atual presidente da Casa, Carlos Manga Rosa, chegou a assumir o comando da gestão municipal quando Márcia foi presa, mas com após o retorno da gestora ao cargo, os dois romperam. Informações de bastidores dão conta que o parlamentar não teria gostado nada das decisões que Márcia tomou para o executivo municipal.
Como conta apenas com a minoria, a expectativa é que Márcia sequer tenha condições de disputar a reeleição no pleito desse ano.
Ainda em dezembro do ano passado o vereador Malba de Jacumã (SD), confirmou que ingressaria junto à Mesa Diretora da Câmara Municipal, com um pedido de cassação do mandato da prefeita Márcia Lucena e também com a solicitação da abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) para investigar os indícios de corrupção na gestão municipal, incluindo a CPI do lixo.
“Há muitos indícios de roubalheira, tudo indica que o próprio marido da prefeita recebe dinheiro de volta e vamos também fazer o pedido de cassação por conta do pedido do Ministério Público em que cita que essas OSs demonstrando o superfaturamento. A outra CPI que iremos pedir é a do IPTU, aonde tem inclusive pareceres favoráveis de órgãos fiscalizadores. Um quarto pedido será referente às pedaladas fiscais, praticadas na gestão da prefeita em 2018. Ela pedalou um montante de R$ 46 milhões”, elencou.
PB Agora