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Câmara de Sapé reprova contas e ex-prefeito fica inelegível

Câmara de Sapé reprova contas e ex-prefeito preso na Operação ‘Pão e Circo’ fica inelegível

Por 7 x 4, a Câmara Municipal de Sapé reprovou as contas do ex-prefeito João da Ultilar, que chegou a ser preso na Operação Pão e Circo, da Polícia Federal, em sessão nesta quinta-feira (25). A decisão deixa o ex-gestor inelegível pelos próximos oito anos, conforme determina a nova Lei da Ficha Limpa.

Os vereadores que votaram pela reprovação das contas do João da Utilar foram Luizinho, Leandro, Wilson Nascimento, Cibelly, Douglinhas, Pedro Ramos e Graça.

Já os quatro vereadores que votaram pela aprovação foram Jojó, Pinheiro Junior, Robson Coruja e Elton Serafim.
Com a reprovação, o prefeito fica obrigado a devolver aos cofres públicos mais de R$ 180 mil.

O ex-prefeito já teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do estado – TCE – em 2010. A corte impetrou ao gestor multa e a devolução de R$ 140 mil aos cofres públicos.

Em relação ao ano de 2011, o TCE já publicou acórdão recomendando a devolução de mais de R$ 1 milhão.

A operação Pão e Circo

 

A operação “Pão e Circo”, em sua primeira etapa, foi deflagrada, em junho de 2012, pelo Gaeco, pela Polícia Federal e Controladoria Geral da União para desarticular um esquema criminoso criado por empresários, funcionários públicos e prefeitos para fraudar licitações e desviar recursos municipais, estaduais e federais destinados à realização de eventos festivos, em 13 municípios da Paraíba: Mamanguape, Sapé, Solânea, Santa Rita, Itapororoca, Conde, Jacaraú, Mulungu, Boa Ventura, Capim, Cuité de Mamanguape, Alhandra e Cabedelo.

Na época, foram cumpridos 65 mandados de busca e apreensão, 28 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva. Das 28 pessoas presas, 10 eram servidores públicos e, entre eles, estavam os então prefeitos de Alhandra, Sapé e Solânea.

O desdobramento das investigações revelou que muitos outros municípios paraibanos também foram vítimas do esquema criminoso. Estima-se que tenham sido desviados dos cofres públicos mais de R$ 50 milhões de reais.

PB Agora

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