Numa das estratégias mais ousadas de sua vida pública, o governador Ricardo Coutinho (PSB) decidiu abrir mão de uma cadeira virtualmente certa no Senado Federal para lançar o nome do deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PSB) ao Senado.
Abraçado pelos girassóis, a candidatura de Veneziano tem criado um complicador para o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) na postulação de sua reeleição em outubro, pois tem liderança própria no Compartimento da Borborema, onde venceu com folga considerável o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) nas eleições de 2014.
Os próprios "cassistas" tem dito nos bastidores que pode haver uma repetição do quadro de 2010 em que dois expoentes de Campina Grande foram vitoriosos ao Senado, Cássio e o irmão de Veneziano, Vital do Rêgo, atualmente ministro do Tribunal de Contas da União.
Na época, Cássio apoiou a candidatura de Ricardo Coutinho ao governo do Estado e colocou na imagem do socialista em João Pessoa, como tem feito agora com Lucélio Cartaxo (PV). Todavia, foi Vitalzinho o candidato que disparou nas urnas da Capital.
Herdeiro político do “clã” familiar, preparado especialmente pelo pai, Ronaldo Cunha Lima, para ocupar espaços no cenário estadual, Cássio foi prefeito de Campina Grande três vezes, deputado federal e superintendente da Sudene, o tucano ainda se considera forte em Campina Grande, mas talvez não tenha mais o peso político do passado para desmanchar as dobradinhas informais que podem ser estabelecidas entre sua companheira de chapa, Daniella Ribeiro (PP) com o ex-cabeludo, a partir do Compartimento da Borborema.
A idéia, que começa a ganhar corpo, ameaça seriamente à reeleição do tucano.
O próprio "cassismo" já cogitam nos bastidores a estratégia de anular o segundo voto ao Senado para não vitaminar nenhum concorrente.
Sem a vitimização de 2010, com do número de prefeitos, lideranças e inserções na TV inferiores a Veneziano, Cássio poderá ser surpreendido desta vez.
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