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Candidato da PB é proibido de defender prisão perpétua

DEU NO TERRA: candidato a deputado federal do Estado da Paraíba é proibido de defender prisão perpétua durante a propaganda eleitoral; saiba por que!

O candidato a deputado federal pelo Psol da Paraíba, Ednaldo Luciano, não pode mais defender a prisão perpétua na propaganda gratuita de rádio e TV. A decisão foi tomada pela direção estadual do partido depois que as primeiras inserções com a proposta polêmica geraram reação negativa por parte de entidades de classe.

Pequeno comerciante e técnico em eletrônica, em 2008 ele concorreu a vereador da capital e agora quer ser deputado federal defendendo a prisão perpétua para crimes de estupro seguido de morte, latrocínio, sequestro seguido de morte e assassinos psicopatas.

Ao defender sua proposta nas primeiras inserções do guia eleitoral da Paraíba, Ednaldo acabou gerando reações do próprio partido e de entidades de classe, como a Pastoral Carcerária, Comissão de Direitos Humanos e Sindicato dos Trabalhadores em Correio (Sintect-PB).

O Sindicado chegou a emitir uma nota de repúdio, onde classifica a proposta como absurda e reacionária. "É de se espantar que um partido que se diz defender os interesses da população pobre a oprimida do País permita tal absurdo em um programa eleitoral", diz um trecho da nota que cobra medidas do Psol em relação ao fato.

Desde então, o candidato diz que foi proibido de falar sobre o assunto na propaganda de rádio e TV, mas vem mantendo a proposta na campanha de rua, onde distribui panfletos e veicula mensagem em carros de som. "A impunidade nesse País está oficializada porque a polícia prende, a justiça solta e os direitos humanos em vez de ajudar a família da vítima, só ajuda família do preso, o que é errado", justifica ele, defendendo que a prisão perpétua será capaz de reduzir a criminalidade.

O presidente do diretório estadual do Psol, Nelson Júnior, que também é candidato a governador da Paraíba, disse que a proposta não representa o que o partido pensa a respeito de redução da criminalidade no Brasil. "Nós conversamos com o candidato, ele entendeu a nossa visão e está livre para manifestar suas ideias na campanha de rua", garante.

 

 

Terra

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