A nomeação de opositores da gestão Lula III em cargos no Governo Federal na Paraíba tem voltou a ser tema de declarações do presidente estadual do PT, Jackson Macêdo, que, durante entrevista neste final de semana, comentou com a imprensa o pedido do presidente aos ministros para agilizarem os pedidos de nomeação de parlamentares aliados. Ele afirmou que Lula se referiu aos partidos que compõem a base aliada do governo que estão se aproximando agora, especialmente os partidos do centrão.
O petista acredita que mais parlamentares paraibanos devem ser contemplados no governo federal nesta aceleração. “Essas nomeações já estão acontecendo e o presidente quer mais celeridade porque a construção de nossa base no Congresso Nacional passa também por uma ocupação de espaços no governo federal. Eu tenho uma leitura de que o espaço a partir de agora para o PT será diminuído”, afirmou.
Ainda segundo Jackson Macedo, vão acontecer mais nomeações de partidos que não estiveram com Lula na campanha do que de companheiros do PT porque a preocupação de Lula é a montagem de uma base no Congresso Nacional. “Hoje o PT e seus aliados de esquerda têm aproximadamente 130 deputados, que votam com o governo e a gente sabe que na relação com o Centrão cada votação há uma negociação e cada uma delas passa pela ocupação de espaços no governo federal. Foi isso que o presidente quis dizer ao pedir que celeridade nas nomeações”, disse.
Segundo Jackson, é difícil para os petistas entender essa concessão de Lula. “Dói no coração ver pessoas indicadas de partidos bolsonaristas no governo, mas infelizmente, é necessário. É o jogo da relação do Executivo com o Legislativo em Brasília”, avaliou.
Recentemente Macêdo, lamentou o fato, por exemplo, de o PT, sigla do presidente Lula, só ter conseguido emplacar três nomeações até agora. De acordo com Jackson Macedo, o partido entregou uma lista com nomes de petistas à direção nacional e não tem acompanhado muito de perto esse processo. Ele lembrou que as indicações são de pessoas com perfil técnico e experiência de gestão, e inclusive, de quadros da universidade. “O que me estranha é ver figuras sendo nomeadas através de indicações de senadores e deputados dizendo que não são da base do governo por serem da oposição. Não entendo esse tipo de articulação, mas esse debate não é prioridade para o PT nesse momento”, afirmou.
Da Redação