Carlão pelo Bem diz que regimento da CMJP não respalda “persona non grata” a Bolsonaro

O vice-presidente da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), vereador Carlão Pelo Bem (PL), negou que o título de “persona non grata” contra Jair Bolsonaro (PL) impeça a entrega de cidadania pessoense ao ex-presidente, programada para ocorrer nesta sexta-feira (12), durante visita de Bolsonaro à Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), onde também receberá a cidadania paraibana.

De acordo com Carlão, não está previsto no regimento interno da CMJP o título de “persona non grata”, e que tudo se tratou de uma manobra e que a ata na qual o título foi aprovado está suspensa, justamente porque não haveria previsão legal para a concessão deste título.

“Eles acreditam que podem passar por cima da lei, por cima de tudo. Eles quiseram dar um jeitinho no requerimento, aprovando um título de persona non grata que sequer existe essa tipificação dentro do regime interno. Eles querem criar uma figura. Para você ver a vergonha que eles estão passando, o vereador do PT imprimiu um documento de papel dizendo que era o título de persona non grata, que não tem fundamento nenhum. Para a população de João Pessoa e da Paraíba saber: a ata da sessão passada sequer foi aprovada justamente porque está suspensa essa decisão. Não existe título de persona non grata. Isso é coisa da cabeça doente e simplesmente corrupta desse pessoal da esquerda”, disse Carlão, que também foi o autor da proposição de cidadania pessoense a Bolsonaro.

Entenda o caso

Os vereadores de João Pessoa aprovaram, no dia 4 de abril, por unanimidade, um requerimento do vereador Junio Leandro (PDT), que pede a aprovação de um voto de repúdio e título de persona non grata ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por declarações xenofóbicas contra a população nordestina.

O pedido foi votado sem questionamentos de parlamentares bolsonaristas que só perceberam a aprovação após Junio Leandro festejar o resultado em plenário. De forma irônica, ele comentou que não pensou que a Câmara Municipal tomaria uma postura diferente diante de declarações preconceituosas do ex-presidente.

PB Agora